Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de novembro de 2020
Maxine Kwok, violinista da orquestra mais antiga de Londres (Reino Unido), está encantada de ter voltado a ensaiar graças aos exames rápidos de Covid-19, que deram aos músicos a confiança para poderem voltar a trabalhar juntos.
“Foi muito difícil não tocar durante meses”, disse Kwok, membro da Orquestra Sinfônica de Londres (LSO), depois de ser examinada.
“Mas o momento em que pudemos ter este tipo de exame com esta frequência, o que significa que podíamos voltar ao trabalho e nos sentir à vontade e seguros, realmente fez uma diferença enorme para nós”, disse ela à Reuters.
“Fiquei muito empolgada. Nem consigo descrever, acrescentou ela antes de um ensaio de cerca de 40 músicos, todos com máscaras e ainda observando as regras de distanciamento social.
Uma vez por mês, os músicos fornecem uma amostra de muco cuspindo em um pote pequeno que é examinado em grupos, chamados de bolhas, da DNANudge, uma unidade do Imperial College de Londres, que emite resultados em pouco mais de uma hora.
“O exame da bolha é muito relevante quando você tem organizações que trabalham juntas e precisam voltar ao trabalho”, explicou o professor Chris Toumazou, executivo-chefe da DNANudge, diante do estúdio de ensaio da LSO no leste londrino.
A DNANudge está fornecendo quase 6 milhões de exames rápidos de Covid-19 ao Serviço Nacional de Saúde britânico por um preço de custo sem objetivo de lucro, mas também o disponibilizando a pessoas sem sintomas que querem saber se estão infecciosas, como trabalhadores essenciais e viajantes.
Epidemia no Reino Unido
A epidemia de Covid-19 no Reino Unido está desacelerando levemente, e se estima que a taxa de transmissão “R” esteja abaixo de 1, o que mostra o impacto do segundo lockdown nacional da Inglaterra na diminuição das infecções, disseram especialistas do governo nesta sexta-feira.
O número de infecções novas está encolhendo entre 0% e 2% a cada dia, informou o Escritório Governamental de Ciência britânico –o informe da semana passada estimou que ele estava aumentando entre 0% e 2%.
A taxa R foi estimada entre 0,9 e 1, o que significa que cada 10 pessoas infectadas contaminarão entre 9 e 10 pessoas, menos do que a faixa de 1,0-1,1 da semana passada.
Cientistas do governo disseram que as estimativas se baseiam nos dados mais atualizados até 24 de novembro, mas essa defasagem significa que o impacto das restrições adotadas na Inglaterra no dia 5 de novembro só começa a ser visto e ainda não pode ser avaliado plenamente.
“As estimativas R para a Inglaterra podem continuar a diminuir no futuro, e podem já estar abaixo de 1 em todas as regiões”, disse o Escritório Governamental de Ciência em um comunicado.
O lockdown nacional termina na quarta-feira, e será substituído por um sistema regional de restrições escalonadas.
Um terço da Inglaterra está sujeito às limitações mais rígidas contra a Covid, e no geral o esquema está mais rigoroso, já que o sistema escalonado antigo não manteve as taxas de infecção baixas e levou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a anunciar o lockdown nacional mais recente em 31 de outubro. As informações são da agência de notícias Reuters.