Por Redação O Sul | 29 de março de 2020
Com o avanço do coronavírus, Ticiane Pinheiro viu sua rotina mudar completamente. Ela passou a apresentar o “Hoje em dia” apenas algumas vezes por semana e, com isso, ganhou mais tempo para ficar com as filhas, Rafaella, de 10 anos, e Manuella, de 8 meses. Por outro lado, o marido, Cesar Tralli, viu a carga de trabalho aumentar devido à pandemia: além do “SPTV”, da Globo, ele agora também dá expediente na GloboNews.
“Cesar acorda às 6h porque tem que estar na Globo às 7h. E só termina por volta das 20h. Tenho separado marmita para ele levar para o trabalho. A gente mora do lado da emissora, mas ele nem está conseguindo vir para casa entre um jornal e outro”, explica ela.
Como o casal segue com as atividades profissionais, não foi possível dispensar a babá da caçula. Até porque nem mesmo os pais deles poderiam dar um apoio, já que fazem parte do grupo de risco do Covid-19 e estão isolados:
“A babá da Manu dorme direto aqui em casa de segunda a sexta. No final de semana, ela vai embora. Enquanto estivermos trabalhando, preciso de alguém que veja a Manu. Minha sogra é muito presente. Minha mãe também. Mas agora os avós estão longe. Faço chamadas de vídeo para eles verem Manu e Rafa. Morro de saudade dos meus pais. Para mim é muito sofrido. Sou ligada à família.”
É por causa dos idosos, aliás, que a apresentadora mantém o foco na hora de trabalhar:
“Quando começaram a falar sobre o vírus, claro que todo mundo se assustou por ter que trabalhar e saber que está mais propenso a pegar o vírus. Eu, como jornalista, me senti na obrigação de encarar isso como uma forma de passar informação para as pessoas e tentar ajudá-las. Eu tenho uma ligação muito grande com a terceira idade. Meu sonho sempre foi ter um asilo. Cuidei da minha avó, que tinha Alzheimer, até a morte. Eu enxergo como se estivesse fazendo um bem a eles. Eu precisava ajudar de alguma maneira neste momento tão caótico. É meu dever. Claro que você vai com medo porque é ser humano, mas ao mesmo tempo sabe que está indo trabalhar para ajudar.”
Nos dias em que não está nos estúdios da Record, Ticiane vem se dedicando aos afazeres domésticos:
“Tenho aproveitado para fazer arrumação na casa. Este é o momento de tirar tudo para doar. Mandei um monte de coisa para uma creche em Paraisópolis que é ajudada por um funcionário aqui do prédio. E minha irmã tem um brechó online, então, também separo peças e mando para ela. Também aproveitei para pegar um monte de livro e recomeçar a ler. Quero tentar à noite, depois que Manu e Rafa dormem.”
Ticiane revela que está mais serena em sua segunda maternidade:
“Com a Rafa eu era muito imatura. Me deixava levar e pensava: ‘Está tudo bem, tudo certo’. Tinha uma babá que me ajudava muito. Com a Manu, quis colocar mais a mão na massa. Acho que estou mais amadurecida depois da primeira filha e também pela bagagem de vida. Por mais que tenha ajudante, quero dar banho e comida e colocar para dormir. Participo mais. Outro dia a Manu teve febre pela reação à vacina de H1N1. Eu não fico desesperada. Ligo para a pediatra e dou o remédio. Com o primeiro filho, é um bicho de sete cabeças. Percebi que a criança vai ter febre e dor de ouvido mesmo e depois isso passará. Fiquei mais tranquila.”
A apresentadora conta que a relação de Rafaella com a irmã vai muito bem:
“Rafa é enlouquecida pela Manu, que é a boneca dela. Quando está com o pai (Roberto Justus), ela fica querendo ver a irmã por vídeo. Quando está em casa comigo, quer trocar fralda e dar comida. Manu já é muito risonha, mas, com a Rafa, dá gargalhadas.”
