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Rio Grande do Sul “Transplante de coração suíno para um homem confirma importância da doação de órgãos”, ressalta médico gaúcho

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"Fila de espera tem mais de 2 mil pacientes no Rio Grande do Sul", detalha Saadi. (Foto: Divulgação)

A ampla repercussão do transplante do coração geneticamente modificado de um porco para uma pessoa, realizado neste mês nos Estados Unidos, voltou a colocar em pauta um assunto fundamental: a doação de órgãos. Conforme o cirurgião cardiovascular gaúcho Eduardo Keller Saadi, esse tipo de operação é uma ótima notícia, que também chama a atenção para a importância da doação de órgãos.

“Só no Rio Grande do Sul, são mais de 2 mil pacientes no aguardo de um novo coração para continuarem vivos, número que passa de 50 mil no País”, ressalta o médico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “E o que temos para o momento ainda é o transplante entre seres humanos.”

Habituado a esse tipo de cirurgia, Saadi também é testemunha do drama de familiares de indivíduos que morreram antes de conseguir um novo coração: “Enquanto aguardamos a evolução da ciência e os desfechos desse transplante norte-americano, é preciso lembrar que as doações de órgão pelo sistema convencional continuarão por longo tempo”.

O médico e professor acrescenta que é de extrema importância as pessoas deixarem claro para seus familiares o desejo de serem doadoras, pois a legislação brasileira determina que somente eles podem autorizar a retirada de órgãos e tecidos de um falecido. “Um único corpo pode salvar mais de oito vidas, com coração, válvulas cardíacas, pulmão, fígado, rins, pâncreas, córneas, intestino, pele e até ossos”, menciona. “Já um doador vivo pode ceder um rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão.”

Do porco para o homem

Paciente de doença cardíaca potencialmente fatal, o norte-americano David Bennett, 57 anos, recebeu o coração de um porco geneticamente modificado. A operação durou oito horas no Centro Médico da Universidade do Estado de Maryland, na cidade de Baltimore. Conforme o jornal “The New York Times”, este foi o primeiro transplante bem-sucedido de coração suíno em um ser humano.

A cirurgia foi realizada meses depois que cirurgiões em Nova York anexaram com sucesso o rim de um porco geneticamente modificado a uma pessoa com morte cerebral. O coração transplantado veio de um porco geneticamente modificado para evitar rejeição. A equipe também ministrou um medicamento experimental com essa finalidade e um novo dispositivo para manter o órgão funcionando até a cirurgia.

Trajetória

O xenotransplante, o processo de enxerto ou transplante de órgãos ou tecidos de animais para humanos, tem uma longa história. Os esforços para usar o sangue e a pele de animais remontam a centenas de anos.

Na década de 1960, os rins dos chimpanzés foram transplantados em alguns pacientes humanos, mas o tempo que um receptor viveu foi de nove meses. Em 1983, um coração de babuíno foi transplantado para uma criança conhecida como Baby Fae, mas ela morreu 20 dias depois.

Os porcos oferecem vantagens sobre os primatas para a obtenção de órgãos, porque são mais fáceis de criar e atingem o tamanho humano adulto em seis meses. Válvulas cardíacas de porco são rotineiramente transplantadas para humanos, e alguns pacientes com diabetes receberam células do pâncreas suíno. A pele de porco também tem sido usada como enxerto temporário para pacientes queimados.

Duas tecnologias mais recentes — edição de genes e clonagem — produziram órgãos de porco geneticamente modificados com menos probabilidade de serem rejeitados por humanos. Corações de porco foram transplantados com sucesso em babuínos por Mohiuddin. Mas as preocupações de segurança e o medo de desencadear uma resposta imunológica perigosa que pode ser fatal impediam seu uso em humanos até então.

(Marcello Campos)

 

 

O coração de porco geneticamente modificado implantado em um ser humano chamou a atenção do mundo inteiro, neste começo de 2022, para importância dos transplantes. A Medicina Cardiovascular faz uma nova revolução 54 anos depois do 1º transplante de coração de humano para humano. Foi feito em 3/12/1967 pelo Dr Christiaan Barnard na Cidade do Cabo, Africa do Sul. Agora, cirurgiões americanos conectaram o coração de um animal no corpo de um paciente desenganado. David Bennet, de 57 anos, recebeu bem o coração “adaptado ” de suíno e que pulsa há uma semana em seu organismo. A rejeição hiperaguda, quando o corpo do homem se arma para atacar um órgão estranho, por enquanto não dá sinais.

É um grande feito da ciência e é enorme a torcida para que o procedimento inédito seja exitoso. O que se espera é que a técnica possa desafogar , num espaço de tempo razoável, a lista de espera para transplantes. Há uma fila,

Orientação do Ministério da Saúde

“Não há nenhuma lei que garanta que a vontade do doador seja atendida, isto é, se uma pessoa manifesta seu desejo de doar e, após sua morte, a família nega, seus órgãos não serão doados. A legislação determina que a família seja a responsável pela decisão final, não tendo valor a informação de doador ou não doador de órgãos registrada no documento de identidade ou outros. A melhor maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada, é fazer com que a família saiba sobre do desejo de doar do parente falecido. Na maioria das vezes os familiares atendem a esse desejo, por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários… A vontade do doador, expressamente registrada, também pode ser aceita, caso haja decisão judicial nesse sentido”.

 

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