Sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2015
O ministro José Antonio Dias Toffoli, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), disse nesta quinta-feira (19) que considera um “passo atrás” a impressão pela urna eletrônica do voto do eleitor. Para implementar o projeto, o ministro informa que o tribunal gastará R$ 1,7 bilhão.
Na noite desta quarta (18), o Congresso derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff à lei que prevê a impressão do registro do voto. De acordo com Dias Toffoli não há tempo hábil para implementar a medida nas eleições de 2016. O procedimento, segundo ele, deve ser adotado nas eleições gerais de 2018.
“Uma das vantagens da urna eletrônica foi acabar com a intervenção humana. A intervenção humana não deixa rastro. A intervenção tecnológica deixa rastro e é possível de ser auditada”, afirma. O ministro Toffoli entende que a adoção deste processo pode atrasar o resultado da eleição, caso algum candidato questione a apuração. Além de deixar brechas na recontagem dos votos.
“Isso criará a situação de análise por humanos. Se houver pedidos de recontagem será feita por humanos. Vocês lembram que no passado podia haver diferença entre o voto contado e o voto dado pelo mesário. É um passo atrás na cultura política brasileira”, disse o ministro.