Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2025
A queda de Carlos Lupi (PDT) e a troca de guarda no Ministério da Previdência não muda o status da crise que se instalou em Brasília com a revelação do escândalo de descontos indevidos de aposentados e pensionistas do INSS. O esquema, que teria começado em 2019, estourou no colo do governo Lula (PT).
O Palácio do Planalto sabe que a saída de Lupi e a ascensão Wolney Queiroz (PDT), que era o número dois da pasta, nem de longe resolve o problema.
Wolney já estava no ministério quando a pasta foi alertada pela Controladoria-Geral da União (CGU), pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo próprio INSS de que havia indícios robustos de fraudes em série no órgão.
Questionado sobre o assunto, um aliado de Lula foi direto: “O importante é que é o presidente do INSS que vai tocar as ações. O governo está tomando todas as providências necessárias”.
Em bom português, a fala mostra que Lula puxou para o próprio colo a missão de dar uma resposta à crise. O presidente escolheu o novo presidente do INSS sem consultar Lupi ou Wolney.
O nome foi debatido com os órgãos de controle interno, como a Advocacia-Geral da União e a CGU. Gilberto Waller Júnior, escolhido para a missão, é procurador federal e fez carreira como corregedor do INSS.
Na sexta-feira (2), em reunião com AGU e CGU para tentar traçar um plano de ressarcimento para aposentados e pensionistas lesados, a palavra de ordem do INSS era “velocidade para mostrar capacidade de reação”.
O órgão ainda precisa levantar com acuidade o número de beneficiários lesados e o tamanho do rombo causado nas contas desses brasileiros roubados pelas entidades filiadas ao INSS.
A saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, confirmada nesta sexta-feira 2 em meio à crise no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), marca a 11ª troca na Esplanada dos Ministérios desde o início do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), iniciado em 2023.
A pasta da Previdência passa a ser comandada por Wolney Queiroz, que, assim como Lupi, é filiado ao PDT. Assim, o partido permanece na base de apoio do governo. As informações são do portal Carta Capital.