Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2025
Na cerimônia, Trump (E) disse que salvou "milhões e milhões de pessoas"
Foto: ReproduçãoA Fifa concedeu nessa sexta-feira (5) um prêmio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “por seus esforços pela paz”. A premiação, chamada de “Prêmio da Paz da Fifa – O Futebol une o mundo”, foi criada neste ano pela federação por sugestão de Trump.
Segundo a entidade, a iniciativa tinha como objetivo destacar personalidades que, de acordo com a avaliação da organização, teriam contribuído para promover diálogo, estabilidade e entendimento entre diferentes povos, ainda que por meios não necessariamente relacionados ao esporte.
O presidente norte-americano recebeu o prêmio durante a cerimônia de sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026, realizada em Washington, das mãos do presidente da Fifa, Gianni Infantino. O dirigente entregou um troféu e uma medalha a Trump, em uma parte da cerimônia que não havia sido previamente anunciada em detalhes, mas que já era alvo de especulação desde que a criação do prêmio fora divulgada.
Inicialmente, a Fifa anunciou que haveria concorrentes ao prêmio, que seria entregue a indivíduos ou organizações “com ações excepcionais pela paz” no mundo. Ao apresentar o prêmio, no entanto, Infantino anunciou diretamente Donald Trump como vencedor, sem mencionar outros indicados ou critérios adicionais que pudessem ter sido avaliados. A forma de apresentação chamou atenção de parte do público e da imprensa presente no evento.
“O senhor é merecedor do prêmio por tudo o que fez pela paz, por tornar o mundo mais próspero”, disse o dirigente da Fifa ao presidente norte-americano. Infantino destacou ainda que, na visão da entidade, iniciativas ligadas à diplomacia internacional também poderiam ser reconhecidas por meio da premiação.
No palco, Trump agradeceu e afirmou que salvou “milhões e milhões de pessoas” ao conseguir, segundo ele, encerrar conflitos pelo mundo. “Milhões de pessoas iam morrer. Conseguimos encerrar muitas guerras recentes”, declarou, sem especificar quais conflitos mencionava. Ele afirmou ainda que, para ele, o prêmio simbolizava uma valorização dos esforços dos Estados Unidos em assuntos globais.
A Copa do Mundo de 2026 será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México, de 11 de junho a 19 de julho, com um recorde de 104 partidas em 16 cidades-sede.
Trump, que se aproximou de Infantino nos últimos meses, fez “autocampanha” para que vencesse o Prêmio Nobel da Paz neste ano; a Casa Branca criticou a decisão do comitê de concedê-lo à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, no mês passado.
A Fifa afirmou que seu prêmio foi criado para “recompensar indivíduos que realizaram ações excepcionais e extraordinárias pela paz”. Infantino tem comparecido com frequência a eventos na Casa Branca, não necessariamente relacionados ao futebol.
Também nessa sexta, ao ver Infantino na plateia durante uma cerimônia em Washington que marcou a assinatura de um tratado de paz entre Ruanda e a República Democrática do Congo, Trump elogiou o dirigente pela organização da Copa do Mundo. “Gianni, muito obrigado”, disse Trump. “Você fez um trabalho fantástico, um grande líder no esporte e um grande cavalheiro.”
