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Mundo Trump recua e diz que não tem planos de ataque dos Estados Unidos dentro da Venezuela

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Declaração ocorre em meio à crescente mobilização militar americana no Caribe. (Foto: Reprodução/Yahoo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou estar considerando ataques militares dentro do território da Venezuela – um recuo em relação às declarações da semana passada, quando havia indicado que “a terra seria o próximo alvo” na campanha contra supostos alvos do narcotráfico.

Questionado por jornalistas a bordo do Air Force One, o avião presidencial americano, se de fato avaliava ordens de ataque dentro da Venezuela, Trump negou. A resposta, porém, deixou dúvidas sobre se ele descartava completamente a hipótese ou apenas indicava que nenhuma decisão havia sido tomada até o momento.

Os Estados Unidos enviaram oito navios de sua Marinha de guerra para o Caribe e mandaram aviões de combate furtivos F-35 para Porto Rico, enquanto um grupo de ataque de porta-aviões se dirige para a região. Segundo Washington, essa força militar tem como objetivo frear o narcotráfico.

A declaração ocorre em meio à crescente mobilização militar americana no Caribe e ao aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações na região. Até o momento, 15 embarcações – oito no Caribe e sete no Pacífico foram alvos de ataques americanos, que deixaram mais de 50 mortos, em atos considerados como “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas.

Destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para a região, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano. Na semana passada, o republicano revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas como pistas de pouso – sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

Narcoterrorista

Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos na região. O último episódio ocorreu na terça-feira (28), em águas internacionais no Pacífico.

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades do governo afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

Dados das Nações Unidas enfraquecem o discurso americano. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 indica que o fentanil – principal responsável pelas overdoses nos Estados Unidos – tem origem no México, e não na Venezuela, que praticamente não participa da produção ou do contrabando de fentanil para território americano. O documento também aponta que as drogas mais usadas pelos americanos não têm origem na Venezuela – a cocaína, por exemplo, é consumida por cerca de 2% da população norte-americana e vem majoritariamente de Colômbia, Bolívia e Peru.

Em meio aos ataques, militares do alto escalão envolvidos na ampliação das operações na América Latina precisaram assinar acordos de confidencialidade (NDAs, na sigla em inglês), informou a agência de notícias Reuters nesta semana. O documento de sigilo é altamente incomum, uma vez que os oficiais já são obrigadas a proteger segredos de segurança nacional.

Três autoridades militares, sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto, disseram à Reuters que não há informações oficiais sobre o número de funcionários do Departamento de Guerra dos EUA como o Departamento de Defesa foi renomeado pelo governo Trump – que foram convidados a assinar os NDAs, nem sobre qual é seu escopo. (Com informações da revista Veja)

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https://www.osul.com.br/trump-recua-e-diz-que-nao-tem-planos-de-ataque-dos-estados-unidos-dentro-da-venezuela/ Trump recua e diz que não tem planos de ataque dos Estados Unidos dentro da Venezuela 2025-10-31
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