Colunistas Tudo-ou-nada

Michel Temer quer votar a reforma da Previdência antes de setembro. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Além de jorrar recursos públicos em peças e vídeos publicitários para tentar ressuscitar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer pretende ir para o tudo-ou-nada e votar o texto no plenário da Câmara dos Deputados antes de setembro. É um alto risco, gritam até os aliados. Temer teve provas no plenário, na votação que enterrou a denúncia do procurador-geral da República Rodrigo Janot contra ele, que hoje não tem os 342 votos para aprovar a reforma.

Termômetro

Temer já sondou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a “temperatura” da Casa para levar o texto à votação entre os dias 22 e 23 de agosto. O aliado Maia, no entanto, resiste e critica abertamente a pressa de Temer e de ministros palacianos.

Volta às origens

Lula da Silva vai passar um perrengue de carro por Estados da Região Nordeste, por vontade própria. Ao menos dois empresários cederam os seus jatos, mas o petista não quis.

Nota zero

O contingenciamento de recursos vai atingir em cheio as bolsas de estudos oferecidas pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O orçamento do órgão esgotou e só tem margem para pagar os estudantes até setembro. Atualmente, o CNPq arca com mais de 80 mil bolsas.

Censura

O Senado aprovará nesta semana um voto de censura ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O requerimento é do tucano Ricardo Ferraço (ES). “O governo Maduro opera ilegalmente para que opositores sejam presos”, afirma o parlamentar, ao taxar de “ruptura da ordem constitucional” a retirada de poderes da Assembleia Nacional venezuelana.

Comissão Externa

Após a aprovação do voto de censura não haverá “clima” para a ida de uma comissão de senadores à Venezuela – há dois anos, senadores do DEM e PSDB foram vaiados nas ruas de Caracas. A nova proposta foi apresentada pelo senador petista Jorge Viana (AC)

Cooperativas

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara deve aprovar nesta semana um parecer da deputada Maria do Rosário (PT-RS) ao projeto que estabelece o marco regulatório da economia solidária, setor que reúne 20 mil cooperativas de trabalhadores e que responde por 8% do PIB (Produto Interno Bruto).

Mistério…

Enquanto militares técnicos da FAB (Força Aérea Brasileira) se debruçam sobre os dados coletados do monomotor experimental que caiu em Luziânia (GO) com o ex-senador boliviano Roger Molina (que o pilotava), a Polícia Civil não descarta a tese de sabotagem. Molina, asilado no Brasil desde que fugiu da Bolívia, revelou há três meses, na entrevista à e-webtv da Coluna, que pretende voltar a La Paz no ano que vem e se candidatar. Ele acusa o presidente Evo Morales de narcotráfico. Até ontem, Molina estava em estado crítico após o acidente.

Muy amigo

Aliados do ex-governador fluminense Sérgio Cabral acharam estranha a entrevista do vice-governador Francisco Dornelles à revista Veja, com críticas ao peemedebista. Dizem que, em 2006, Cabral cuidou pessoalmente e coordenou a campanha do então candidato a senador Dornelles e que, até pouco tempo atrás, o atual vice tratava Cabral como um amigo querido.

Tribo motorizada

Um exemplo de como é possível fazer tanto com tão pouco. A Funai (Fundação Nacional do Índio) do Amapá ganhou 23 geradores de energia e sete lanchas tipo “voadeira” (com seis motores), que beneficiarão 21 comunidades indígenas na região. Tudo isso com R$ 780 mil de emenda parlamentar do senador Davi Alcolumbre (DEM) e aval do presidente da Funai, Franklinberg Martins.

Ponto Final

“O Brasil está saindo da maior crise de sua história.” Do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que vive em uma redoma palaciana.

Com Walmor Parente (DF), Tadeu Pinto (DF), Beth Paiva (RJ) e Henrique Barbosa (PE)

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