Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2022
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse em uma entrevista transmitida no domingo que a Ucrânia recebeu sofisticados sistemas de defesa aérea dos Estados Unidos.
É o primeiro reconhecimento de que a Ucrânia recebeu o Sistema Nacional Avançado de Mísseis Terra-Ar, há muito pedido por Kiev e cuja remessa foi aprovada por Washington em agosto.
“Precisamos absolutamente que os Estados Unidos mostrem liderança e deem à Ucrânia os sistemas de defesa aérea. Quero agradecer ao presidente (Joe) Biden por uma decisão positiva que foi tomada”, disse Zelenskiy.
“Mas acredite em mim, não é nem de perto o suficiente para cobrir a infraestrutura civil, escolas, hospitais, universidades e casas de ucranianos.”
Zelenskiy também agradeceu aos EUA por outros sistemas de lançamento de foguetes múltiplos que permitiram à Ucrânia avançar contra as forças russas.
A Ucrânia tem realizado contraofensivas neste mês para libertar da ocupação grandes áreas de território na região nordeste de Kharkiv, e também fez avanços no sul.
Ataque com drones
A Ucrânia e a Rússia trocaram acusações sobre ataques a civis no sul e no leste da Ucrânia neste domingo (25). As forças armadas da Ucrânia anunciaram pela manhã que as forças russas lançaram dezenas de mísseis e ataques aéreos contra alvos militares e civis, incluindo 35 “assentamentos”. Segundo o anúncio militar, as forças russas também teriam usado drones para atacar o centro da cidade de Odesa, no sul. Nenhuma vítima foi relatada.
Após o anúncio, a Rússia negou ter atacado civis. Por sua agência de notícias estatal (RIA) informou que forças ucranianas bombardearam um hotel na cidade de Kherson, matando duas pessoas. As forças russas ocupam a cidade do sul da Ucrânia desde os primeiros dias da invasão.
Não houve resposta imediata da Ucrânia sobre as acusações.
Prisões
Centenas de pessoas foram presas pelas autoridades na Rússia nos protestos contra a nova “mobilização parcial” de reservistas para a guerra na Ucrânia, segundo um grupo independente de direitos humanos.
A ong OVD-Info disse que 724 pessoas foram detidas em 32 cidades diferentes neste sábado (24). Cerca de mil pessoas já haviam sido presas no início da semana.
Em São Petersburgo, uma das principais cidades do país, um homem disse a repórteres: “não quero ir à guerra por Putin”.
O presidente russo aprovou novas punições severas para os acusados de abandono do dever após a convocação, impondo punições de até 10 anos de prisão para qualquer soldado pego se rendendo, tentando desertar ou se recusando a lutar.