Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2025
Trinta e um anos depois da morte de Ayrton Senna, Adriane Galisteu volta a se debruçar sobre um ponto-chave de sua própria história. Última namorada do piloto, a apresentadora esteve ao lado de Senna durante o ano e meio final da vida dele. Ela revive o período de forma intensa em Meu Ayrton por Adriane Galisteu, nova série documental da HBO Max.
Em dois episódios de 45 minutos cada, Adriane reconta o início, o meio e o fim de seu namoro com Ayrton, a quem ela chamava pelo apelido, Beco. A série toca em pontos sensíveis, como a relação dela com a família do piloto e o velório emblemático do atleta, que na época repercutiu pela diferença com que a apresentadora foi tratada em relação a Xuxa, com quem Senna havia namorado antes, por um ano e dez meses.
Foi um destaque de Xuxa, em contexto diferente, que motivou o público a procurar saber mais sobre a relação de Adriane com o piloto. Em 2024, a Netflix lançou Senna, série sobre a vida do ídolo brasileiro, que concedeu um maior tempo de tela à história de Ayrton e Xuxa do que à de Ayrton e Adriane.
“Eu comecei a perceber uma força das pessoas na rua, de uma geração que não acompanhou a minha história, uma geração mais jovem, que queria saber mais da vida dele”, comenta Adriane em entrevista por telefone.
Questionada sobre o que ainda motivaria a relação “turbulenta” com a família do piloto – que esteve envolvida na série da Netflix – e a mídia, a apresentadora não quis responder. Na série, porém, ela se mostra aberta: “Se a família dele me ligasse e convidasse para tomar um café, eu largaria tudo o que estivesse fazendo”, diz Adriane em um dos trechos do último episódio.
O documentário aborda, inclusive, um “dossiê” feito contra a apresentadora pela família de Senna, com gravações de ligações de Adriane a um ex-namorado. Segundo pessoas próximas, ele não teria ligado para as conversas.
‘Fui muito maltratada’
Meu Ayrton por Adriane Galisteu chegou a convidar a família do piloto e Xuxa para uma participação na série. Os convites foram recusados, sob a alegação de “compromissos contratuais”.
“É muito legal poder ter a chance de contar a minha versão, porque a história do Ayrton tem muitas versões e todas elas são válidas, importantes e bem contadas”, diz Adriane ao Estadão. “Mas faltava a minha versão trazendo o Ayrton como homem. Faltava a minha história também.”
Ela chegou a contar a história de seu namoro com Senna pouco após a morte do piloto, 1994. Caminho das Borboletas, lançado no mesmo ano e escrito pelo jornalista Nirlando Beirão com base em relatos da apresentadora, abordou o início do relacionamento e a vida de Adriane em meio ao luto – ela lê trechos do livro em determinados momentos do documentário. Com informações do portal Estadão.