Segunda-feira, 02 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2025
As famílias que ainda estavam no abrigo foram levadas para as moradias temporárias no bairro Sarandi.
Foto: Joel Vargas/Ascom GVGA estrutura do Centro Humanitário Vida, localizado em Porto Alegre, começou a ser desmobilizada na última sexta-feira (30). As famílias que ainda estavam no abrigo foram levadas para as moradias temporárias disponibilizadas pelo governo do Estado no bairro Sarandi.
O Centro Vida foi o último a ser encerrado. As atividades nos centros Recomeço e Esperança, ambos em Canoas, já haviam sido finalizadas em dezembro de 2024 e em maio deste ano, respectivamente.
Os abrigos ofereceram cômodos separados para famílias, homens, mulheres e público LGBTQIA+, bem como brinquedoteca, lavanderia, espaços de lazer, quatro refeições diárias e atendimento psicossocial, médico e de empregabilidade. As três estruturas chegaram a acolher 1.184 pessoas, com pico de aproximadamente 800 abrigados simultaneamente.
As transferências dos abrigados do centro de Porto Alegre ocorreram de forma gradual durante o mês de maio e toda a operação foi acompanhada pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), pelo Gabinete de Projetos Especiais, vinculado ao Gabinete do Vice-Governador, pela Prefeitura de Porto Alegre e pela agência da Organização das Nações Unidas para Migrações (OIM).
De acordo com o vice-governador Gabriel Souza, as estruturas foram um marco importante no acolhimento aos mais atingidos pelas cheias e representaram uma mudança de paradigma em relação ao modelo ideal de abrigo.
“Esses centros foram um exemplo de acolhimento qualificado e digno para tantas pessoas que passaram por lá. Tivemos o cuidado desde a montagem, com alas separadas por núcleos familiares, espaços de lazer, atendimento 24 horas e quatro refeições diárias. Se hoje é o fim de um ciclo importante, é também o início de uma nova vida para tantas pessoas. Não podemos devolver o lar de quem perdeu tudo, mas podemos devolver oportunidades e um novo olhar para o futuro”, afirma Gabriel.
Os Centros Humanitários de Acolhimento foram implantados pelo governo do Estado, com apoio da Fecomércio, e geridos pela OIM. Inaugurados em julho de 2024, os centros foram criados como solução emergencial para as famílias afetadas pelas enchentes que atingiram o Estado no ano passado.
No auge da emergência climática, mais de 80 mil pessoas chegarem a ficar abrigadas no Estado. As enchentes deixaram 184 mortos e, até o momento, 26 pessoas seguem desaparecidas no Rio Grande do Sul.