Sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2018
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, deve vir ao Brasil para se encontrar com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, no dia 28 deste mês. O plano é que ele faça uma escala no País antes de seguir para o encontro do G-20 em Buenos Aires (Argentina), que será realizado de 30 de novembro e 1º de dezembro.
Bolton é um dos principais conselheiros do presidente Donald Trump em política externa e figura bastante polêmica. Linha-dura em relação a Venezuela, Cuba e Nicarágua, ele chama esses países de “Triângulo da Tirania”, “causa de imenso sofrimento” e “ímpeto de enorme instabilidade regional e a gênese de um berço sórdido do comunismo no hemisfério ocidental”. Em discurso no início deste mês, ele disse que o governo dos Estados Unidos espera que “cada um dos lados do triângulo caiam, para que a trinca se esfacele”.
Na mesma fala, ele afirmou que os Estados Unidos têm interesse em fazer alianças com os governos do Brasil e da Colômbia para aumentar a segurança e melhorar a economia na América Latina. Bolton foi um dos proponentes de novas sanções impostas nesta semana contra Cuba e é grande crítico da aproximação com Havana, implementada durante o governo Obama.
Filho de Bolsonaro
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jar Bolsonaro, embarcará para a capital norte-americana Washington. No dia 26, ele deve se encontrar com funcionários do Conselho de Segurança Nacional, órgão de política externa da Casa Branca chefiado por Bolton. Para o dia seguinte, está prevista a sua participação em um almoço na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, organizado pelo Brazil-US Business Council.
Em sua viagem, o parlamentar também passará por Nova York e Miami, onde planeja se reunir com integrantes da comunidade brasileira, executivos do mercado financeiro, veículos de mídia e intelectuais de orientação conservadora. Ele será acompanhado por Filipe Martins, secretário de assuntos internacionais do PSL, partido ao qual os Bolsonaro são vinculados.
Está em negociação, ainda, um encontro com o senador Ted Cruz, do Partido Republicano. De origem cubana e eleito pelo Estado do Texas, ele foi pré-candidato à Presidência do país é um dos políticos mais conservadores do Congresso Nacional norte-americano – isso inclui a crítica ferrenha ao casamento entre indivíduos do mesmo sexo e ao direito ao aborto, além de forte oposição ao regime da Ilha caribenha.
Essa agenda é noticiada em caráter extraoficial, sem que a família Bolsonaro e seu “staff” confirmem os encontros. Até agora, eles se limitam a dizer que “há conversas para que esses encontros ocorram”. A Casa Branca também não se manifestou sobre o roteiro.
Dias após a vitória do pai na eleição presidencial, Eduardo chegou a anunciar uma visita à capital norte-americana para se reunir com o vice-presidente Mike Pence e com o secretário de Estado, Mike Pompeo, no dia 12. A viagem, entretanto, acabou cancelada depois que o deputado não conseguiu confirmar as agendas.