Por Redação O Sul | 25 de julho de 2018
Um astronauta e um príncipe entraram na disputa pela vaga de vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que ainda procura opções no meio militar para o posto. Líder das pesquisas em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que está preso e deverá ser declarado inelegível), o polêmico parlamentar queria como companheira de chapa a advogada Janaína Paschoal.
Co-autora do pedido de impeachment da então presidenta Dilma Rousseff em 2016, ela chegou a ocupar uma cadeira ao lado do presidenciável em sua convenção no último domingo. Ao discursar, porém, irritou Bolsonaro e seus aliados com uma fala pedindo moderação e criticando o apoio cego ao deputado do PSL.
Janaína, apesar da resistência, ainda não está totalmente descartada da disputa. Ela agregaria um verniz feminino à imagem de Bolsonaro, francamente negativa entre as mulheres segundo pesquisas qualitativas. E o deputado ainda trabalha com a possibilidade de trazer um nome do meio militar, preferencialmente um general de quatro estrelas.
O desgaste catapultou para o topo das preferências de Bolsonaro o astronauta Marcos Pontes, 55 anos, primeiro brasileiro a ir ao espaço. Pontes é filiado ao mesmo partido do presidenciável e já havia sido anunciado por ele como seu ministro da Ciência e Tecnologia – caso seja eleito, obviamente.
Bolsonaro tem se rasgado em elogios a Pontes, que é um tenente-coronel reformado da Força Aérea. Em 2006, ele foi enviado à ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês) em uma nave russa Soiuz, em uma iniciativa que muitos consideraram como ação de propaganda do governo Lula, que pagou US$ 10 milhões pela carona, supostamente sem fins científicos notáveis.
Para horror de alguns apoiadores do presidenciável, Pontes já foi socialista. No caso, filiado ao PSB, partido pelo qual disputou uma vaga na Câmara dos Deputados em 2014, colhendo 43.707 votos e uma suplência.
Monarca
Outro nome que está sendo considerado pelo deputado é o do príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança, da Casa Imperial Brasileira. Fundador do movimento antipetista Acorda Brasil, em 2014, o príncipe não está na linha de sucessão direta do trono abolido em 1889.
Ele tem 49 anos e filiou-se ao PSL de Bolsonaro, inicialmente para disputar uma vaga na Câmara por São Paulo. Dois sites ligados a Bolsonaro o apontaram, em enquetes de internet, como um bom vice, o que fez o príncipe dizer em rede social que não havia nenhum convite formal.
General
Outro dos favoritos de Bolsonaro, o general da reserva Augusto Heleno, havia topado a empreitada. Bolsonaro até indicou um partido nanico para ele se filiar, o PRP, mas literalmente esqueceu de combinar com os caciques da sigla. Resultado: ela não topou aliar-se ao PSL, deixando Bolsonaro e Heleno “a pé”.
