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Mundo Um avião com 172 pessoas a bordo teve que fazer um pouso de emergência, por causa de um ataque aéreo na Síria

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Governo russo acusa as autoridades de Tel Aviv de usarem aeronave civil como "escudo". (Foto: Reprodução)

Um avião com 172 passageiros que havia decolado de Teerã (Irã) para Damasco (Síria) fez um pouso de emergência na Base Aérea Hmeimim para evitar ficar na linha de fogo das defesas sírias, confirmou o Ministério da Defesa da Rússia. De acordo com a informação, as forças sírias respondiam a ataques de Israel na ocasião.

Na noite de quinta, a Síria informou que havia interceptado mísseis israelenses sobre sua capital. A aeronave, um Airbus A-320, deveria pousar no Aeroporto Internacional de Damasco quando a tripulação foi forçada a desviar a rota e pousar numa pista alternativa, na Base Aérea Hmeimim, que é operada pela Rússia, perto de Latakia, no Noroeste sírio.

Konashenkov não informou o nome da companhia, mas o Flight Radar mostra um sobrevoo semelhante da companhia síria Cham Wings – empresa à qual os Estados Unidos impuseram sanções em 2016 por supostamente ajudar a Inteligência militar do país a transportar armas e equipamentos.

Foi justamente um avião da companhia que levou o general iraniano Qassem Soleimani de Damasco a Bagdá pouco antes de ele ser morto por um ataque aéreo americano em janeiro. Israel tem bombardeado alvos da milícia apoiada pelo Irã na Síria, que se encontra em guerra civil desde 2011.

O porta-voz do órgão de governo em Moscou, Igor Konashenkov, acusou Israel de usar uma aeronave civil como “escudo”, o que segundo ele tem se tornado uma característica da Força Aérea a serviço das autoridades de Tel Aviv. Israel não comentou o assunto.

“Tais operações de estrategistas israelenses jogam com as vidas de centenas de inocentes”, declarou Konashenkov. “O movimento regular de voos de passageiros tanto no espaço aéreo sírio como ao redor do mundo acontece em escalões conhecidos e de alta altitude, que os radares israelenses podem ver claramente.”

O incidente acontece um mês depois de um avião de passageiros da Ucrânia ser derrubado pouco depois de decolar de Teerã, matando todas as 176 pessoas a bordo, devido a um erro humano.

Avanço militar

Na quinta-feira, o chanceler turco Mevlut Cavusoglu solicitou que a Rússia ajude a conter os ataques de tropas do governo sírio na província de Idlib, na fronteira com a Turquia, “o mais rapidamente possível”. O pedido foi feito após um importante avanço de forças militares sírias na região, a única que permanece sobre controle de grupos armados de oposição ao regime de Bashar al-Assad, parte deles com apoio turco. No mesmo dia, o Exército da Síria assumiu o controle da cidade estratégica de Saraqib.

O avanço militar sírio na província tem causado um êxodo de civis em direção à fronteira com a Turquia nas últimas duas semanas e aumentado o risco de um confronto com o país vizinho. Os ataques mataram oito soldados turcos na última segunda. “Esperamos que a Rússia detenha o regime sírio”, comentou Cavusoglu durante entrevista coletiva.

Os turcos estabeleceram postos avançados em território sírio no final de 2019, com o argumento de deter forças curdas que Ancara associa à guerrilha separatista curda em atuação na Turquia. Para isso, fizeram um acordo com a Rússia, que tem uma base naval na Síria e desde 2015 interveio no conflito civil local em favor de Assad, mudando o rumo da guerra iniciada em 2011 e que já havia sofrido a intervenção de países da região e potências ocidentais.

A televisão estatal síria mostrou grupos de combatentes perambulando pelas ruas de Saraqib, devastadas por ataques aéreos russos e sírios das últimas semanas. A cidade é um elo entre grupos rebeldes de Aleppo e Idlib, a capital da província homônima. Segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), os militares turcos posicionados em um posto de observação ao norte de Saraqib bombardearam os militares sírios para tentar impedir seu avanço. O ataque foi confirmado por Ancara.

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