Sábado, 27 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Light Rain with Thunder

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Um brasileiro preso nos Estados Unidos se declarou culpado por uma fraude de 750 mil dólares

Compartilhe esta notícia:

Esquema montado pelo gestor de investimentos (foto) lesou o grupo gaúcho Zaffari, que já foi restituído. (Foto: Reprodução)

Nesta semana, o gestor de investimentos Marcos Elias, 47 anos, declarou-se culpado de conspiração para cometer fraude eletrônica e roubo agravado de identidade, em um esquema que desviou mais de US$ 750 mil (R$ cerca de 2,7 milhões) de um banco de Nova York.

A informação foi anunciada pelo procurador Geoffrey Berman, do tribunal de Manhattan. Ele afirmou que o réu confessou a culpa à juíza Laura Taylor Swain. Elias havia sido extraditado da Suíça em 28 de agosto de 2018, e está preso desde então.

O brasileiro, sócio da Modena Capital, responde por uma acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica, que possui sentença máxima de 30 anos, e por uma acusação de roubo agravado de identidade, com uma sentença mínima obrigatória e consecutiva de dois anos. A pena deve ser anunciada pela juíza em 4 de abril.

Um dos fundadores (em 2010) da consultoria de investimentos Empiricus (onde ficou até 2012), Elias ficou preso na Suíça de junho e agosto do ano passado, quando foi extraditado. Ele teria participado de um esquema fraudulento que desviou mais de US$ 750 mil de um banco de Manhattan usando documentos falsos e identidades roubadas de correntistas da instituição.

A procuradoria americana acusa Elias de montar um esquema de fraude “sofisticado” que envolvia uma empresa de fachada no Panamá e uma conta bancária em Luxemburgo.

Grupo Zaffari

Os documentos relacionados ao processo na Justiça norte-americana dizem que, desde pelo menos 2012, uma empresa brasileira detinha uma conta em uma instituição financeira sediada em Manhattan. A empresa seria o grupo varejista Zaffari, do Rio Grande do Sul, e a conta pertenceria a um dos integrantes da família Zaffari.

Questionado em setembro de 2018, o Grupo Zaffari confirmou a conta, utilizada para suas atividades de importação e exportação. Em 2014, ao perceber que a conta havia sido violada, o grupo notificou imediatamente a instituição financeira envolvida e passou a colaborar com as investigações das autoridades americanas. O Zaffari já foi restituído do valor depositado.

Segundo a procuradoria, a partir de junho de 2014, Elias começou a se corresponder com um vice-presidente do banco sobre uma conta bancária no nome da empresa brasileira.

O funcionário da instituição norte-americana, então, passou a receber emails supostamente de um empregado da companhia e que o instruíam a transferir dinheiro a uma conta bancária de Luxemburgo, que parecia estar no nome dessa companhia brasileira.

Mais tarde, os investigadores descobriram que os e-mails foram enviados de um endereço criado no mesmo dia e que nunca havia sido usado pelo empregado da empresa brasileira. Esse e-mail continha instruções falsas com uma assinatura forjada.

Por causa dos documentos falsos, em julho de 2014 o banco transferiu US$ 752 mil da conta da empresa para a conta bancária em Luxemburgo, acreditando se tratar de um pedido legítimo do cliente.

Mas a transferência, na verdade, não tinha sido autorizada pela empresa brasileira, que também não tinha conta bancária ou de outro tipo em Luxemburgo e não havia enviado os emails com os supostos pedidos.

O beneficiário da conta em Luxemburgo, os investigadores descobriram, era o próprio Elias. A conta havia sido aberta em nome de uma empresa no Panamá na semana anterior à transferência fraudulenta.

A conta em Luxemburgo era mantida no nome da empresa brasileira para criar a falsa impressão de que o dinheiro dessa companhia estava sendo transferida para outra conta que pertencia e ela, quando, na verdade, o beneficiário era o sócio da Modena.

A Procuradoria também acusa Elias de tentar obter dinheiro de uma segunda instituição financeira em Manhattan usando o dinheiro e suposto passaporte do dono da conta bancária sem a autorização dele.

Elias ajudou a fundar a consultoria de investimentos Empiricus em 2010. Três anos depois, o grupo americano Agora comprou metade da empresa por um valor não revelado.

Em setembro de 2018, a Empiricus disse que Elias deixou a companhia em 2012, “anos antes dos acontecimentos relatados”. “Desde sua saída, nenhum sócio ou colaborador da Empiricus manteve qualquer tipo de contato com ele”, afirma.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O mercado de aviação teme que a crise financeira da Avianca Brasil e seus desdobramentos judiciais joguem nas alturas os custos de arrendamento de aeronaves por companhias brasileiras
O ministro da Infraestrutura prometeu um prazo maior para renovar a carteira de motorista
https://www.osul.com.br/um-brasileiro-preso-nos-estados-unidos-se-declarou-culpado-por-uma-fraude-de-750-mil-dolares/ Um brasileiro preso nos Estados Unidos se declarou culpado por uma fraude de 750 mil dólares 2019-02-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar