Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2019
Um menino de 11 anos ficou ferido após o celular estourar e estilhaços da tela atingirem seus olhos, na noite de terça-feira (8), em São João na Boa Vista (SP). O garoto deu entrada no ambulatório da Santa Casa por volta das 21h acompanhado da mãe, mas após receber os primeiros socorros foi transferido para o Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em Campinas (SP).
Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, a transferência foi necessária porque estilhaços entraram no olho direito do menino e o hospital não tem estrutura oftalmológica para este atendimento.
A assessoria de imprensa do Hospital de Clínicas informou que o menino foi atendido durante a manhã desta quarta-feira (9) e teve uma lesão superficial na pálpebra. Ele foi medicado e liberado.
Orientações
O especialista em telecomunicações Jonathan Lopes Silva explicou que grande parte das explosões de aparelhos estão relacionadas ao superaquecimento, geralmente ocasionadas pela bateria.
“Se o celular estiver com a carga cheia, mas continuar na tomada, pode ocorrer uma falha. Mas a maioria dos dispositivos originais têm proteção contra isso”, diz.Luiz Kretly, professor da Unicamp especializado em microeletrônica. Em geral, baterias de íons-lítio são preparadas para aguentar temperaturas de até 60ºC.
O calor pode gerar curto-circuito entre os polos positivo e negativo da bateria, dando início a uma reação em cadeia que leva os componentes inflamáveis da bateria à combustão.
Não há motivo, porém, para preocupação generalizada. Estatisticamente, o número de ocorrências é baixíssimo frente ao total de smartphones em uso no Brasil, que já supera 220 milhões segundo estudo da FGV.
Pirataria
A pirataria de acessórios e baterias para celulares vem sendo apontada como uma das principais causas de explosões e erros em aparelhos.
Seu celular está quase sem bateria e você esqueceu o carregador em casa. No sinaleiro, há alguém vendendo alguns desses carregadores genéricos que devem funcionar. Ao colocá-lo na tomada, é muito possível que ele irá fazer mal à bateria, pois pode apresentar uma tensão diferente daquela especificada pelo fabricante. Então, em vez de ter um celular carregado, você pode ter um celular voando pelos ares.
O mesmo acontece com aquelas capinhas coloridas e bonitinhas que você compra para mudar o visual do celular. Por trazerem tamanhos milimetricamente diferentes à da capa original, elas podem pressionar o circuito da bateria.
Quanto às baterias falsificadas então, nem é preciso comentar. Se as originais, que são produzidas por empresas confiáveis e seguem normas de segurança, já dão problema, imagine essas que vendem pelas esquinas. Portanto, comprar itens originais é, acima de tudo, uma questão de segurança.