Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2018
				O candidato a senador nas eleições de 2018 Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), disse na tarde de sexta-feira (7), que o atentado a faca sofrido por seu pai em Juiz de Fora (Minas Gerais) na quinta-feira (6), reforça sua convicção na defesa da liberação das armas.
“Isso é a maior prova de que quem mata as pessoas não são as armas. Ele com uma faca poderia ter matado meu pai. Quem mata as pessoas são as pessoas. Não é uma faca, não é uma arma”, disse Flávio na porta do hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde seu pai está internado.
O filho mais velho do presidenciável disse também não acreditar que o servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado, tenha agido por impulso. Segundo o candidato a senador, o crime foi premeditado.
O filho mais velho do presidenciável disse também não acreditar que o servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado, tenha agido por impulso. Segundo o candidato a senador, o crime foi premeditado.
“Não venham com essa historinha de que ele era maluco, não sabia o que estava fazendo, era um cara desvairado, não. Foi premeditado. Ninguém sai de casa com uma faca para enfiar na barriga dos outros por acaso”, afirmou.
Ele disse que enquanto seu pai se recupera da facada, a família e apoiadores vão manter a campanha presidencial nas ruas.
“O capitão está se recuperando mas a gente vai estar na rua fazendo a campanha dele para virar essa página triste do País”, disse.
Cercado por apoiadores que gritavam frases como “imprensa lixo” e “Brasil acima de tudo”, Flávio aproveitou as câmeras para fazer uma crítica à imprensa que, segundo ele, tenta colar em Bolsonaro rótulos como machista e homofóbico e, assim, pode influenciar atos de violência como o visto na quinta-feira.
“Parem de insistir nesses rótulos com ele, de insistir que ele é homofóbico, racista. Vocês podem estar influenciando pessoas a praticar este tipo de ato. Vamos parar com essa palhaçada”, disse Flávio.
20 anos
O agressor de Bolsonaro pode pegar até 20 anos de prisão. Adélio Bispo foi indiciado pela Polícia Federal com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional – a Lei 7.170/83 (Governo João Figueiredo, último general do regime militar) define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social.
Se processado e condenado, Bispo pode pegar até 20 anos de reclusão.
O artigo 20 é expresso ao definir pena de reclusão de três a 10 anos para quem ‘praticar atentado pessoal por inconformismo político’. “Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro; se resulta morte, aumenta-se até o triplo.”
Bispo esfaqueou Bolsonaro na tarde de quinta, no Centro de Juiz de Fora (MG). O candidato fazia ato de campanha.
O agressor foi preso e autuado em flagrante. A investigação indica que ele teria agido sozinho. Na delegacia de Juiz de Fora, Bispo disse que “quem mandou (esfaquear Bolsonaro) foi o Deus aqui em cima”.