Terça-feira, 03 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2025
Um em cada quatro brasileiros sofreu fraude ou golpe bancário em 2024, segundo o Estudo idwall de Experiência Digital. O número absoluto de ocorrências foi 3,6 vezes maior do que em 2023. Dentre os tipos mais comuns, o da clonagem de cartão foi o principal, com 20,7% dos casos. Neste grupo entram compras não identificadas.
O golpe do link falso representou 13,69% e foi um dos que teve maior crescimento em relação à última edição do estudo, de 4,7 vezes. Neste golpe, os criminosos enviam um link parecido com o site da instituição financeira e coletam dados pessoais das vítimas e senhas.
As categorias de golpe digital e de fraude digital tiveram 15,86% e 14,19% dos casos, respectivamente. A diferença entre os dois é como ocorre o crime: no golpe, a vítima é manipulada para fornecer informações — algo chamado de “engenharia social”, enquanto a fraude envolve manipulação de informações por parte dos criminosos. Nestes grupos, entram diversos tipos de golpes e fraudes.
O estudo aponta ainda que os desafios de segurança e proteção de dados podem se intensificar com a expansão do open finance e do mercado de apostas online. “Para garantir uma coexistência entre compliance regulatória e experiência satisfatória e ágil nos processos e transações, a segurança se torna uma estratégia prioritária para a sustentação das relações financeiras”, diz o estudo.
Os entrevistados também foram questionados sobre golpes em sites de aposta online. Cerca de 20% dos respondentes afirmam já terem sido vítimas. Além disso, 45% dos apostadores dizem utilizar bancos tradicionais para realizar suas transações em apostas.
“Dando os primeiros passos para sua regulamentação no Brasil, o mercado de bets é um solo fértil de riscos e provoca um alerta para as instituições financeiras, que temem ser utilizadas como intermediárias em operações fraudulentas”, diz o estudo.
— Veja o ranking dos 10 tipos de golpes e dicas de como se proteger:
* Golpe do WhatsApp
Registros: 153 milhões
O que é: golpista clona conta pedindo código de segurança via SMS falso (atualização/protocolo).
Como se proteger: ative a verificação em duas etapas no WhatsApp e não compartilhe a senha.
* Golpe da falsa venda
Registros: 150 milhões
O que é: criação de sites/perfis falsos com promoções irreais.
Como se proteger: desconfie de preços muito baixos, ofertas mirabolantes e lojas desconhecidas – e tenha cuidado com links.
* Golpe da falsa central telefônica/falso funcionário
Registros: 105 milhões
O que é: ligação de falso funcionário bancário solicitando dados e transferências para “regularizar” a conta.
Como se proteger: verifique a origem de ligações/mensagens: bancos não pedem dados, senhas ou transferências por telefone. Desligue e contate o banco pelo canal oficial.
* Phishing (pescaria digital)
Registros: 33 milhões
O que é: obtenção de dados da vítima via links e e-mails falsos ou páginas da web fraudulentas.
Como se proteger: não clique em links suspeitos. Mantenha o sistema operacional e o antivírus atualizados. Consulte o banco em caso de dúvida.
* Golpe do falso investimento
Registros: 31 milhões
O que é: grupos falsos oferecem investimentos com altos lucros rápidos, usando informações e depoimentos falsos.
Como se proteger: desconfie de retornos muito altos. Verifique a autorização da instituição e sua reputação. Tenha cuidado com abordagens online insistentes.
* Golpe da troca de cartão
Registros: 19 milhões
O que é: vendedor golpista troca o cartão após a digitação da senha.
Como se proteger: cheque o valor na maquininha, confirme se o cartão devolvido é o seu e sempre insira o próprio cartão. Não entregue o cartão.
* Golpe do falso boleto
Registros: 14 milhões
O que é: boletos falsificados com dados bancários dos criminosos.
Como se proteger: confira atentamente os dados do beneficiário no boleto e na tela de pagamento. Em caso de dúvida, contate a empresa.
* Golpe da devolução de empréstimo
Registros: 8 milhões
O que é: golpista contrata empréstimo em nome da vítima e depois pede a devolução do dinheiro via Pix ou boleto falso.
Como se proteger: em caso de contato suspeito, ligue para o banco pelos canais oficiais. Bancos usam canais oficiais para devoluções. Não transfira para desconhecidos.
* Golpe da mão fantasma
Registros: 5 milhões
O que é: falso funcionário induz a vítima a instalar aplicativo que dá acesso total ao celular.
Como se proteger: desconfie de contatos com essa abordagem. Desligue e contate o banco por outro telefone.
* Golpe do falso motoboy
Registros: 5 milhões
O que é: falso funcionário informa clonagem do cartão e pede para cortá-lo, mas solicita a senha e envia um “motoboy” para buscar o cartão (o chip permanece funcional).
Como se proteger: bancos não pedem o cartão de volta nem enviam ninguém para buscá-lo. Desligue e ligue para o banco por outro aparelho. As informações são dos portais Valor Econômico e Estadão.