Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2020
O empresário canadense Bruce McConville, 55 anos, foi condenado a um mês de prisão após atear fogo em mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 4,3 milhões) para impedir que a ex-esposa ficasse com parte do patrimônio dele. De acordo com o jornal “Ottawa Citizen”, ele vendeu diversas propriedades e depois queimou o dinheiro.
Durante audiência em um Tribunal Superior, McConville se disse frustrado com o divórcio e com o fim do casamento, que durou 31 anos. “Não é algo que eu normalmente faria, apesar de eu não ser uma pessoa extremamente materialista”, declarou após o incidente.
O empresário deveria ter pago à esposa o equivalente a US$ 300 mil em dólares canadenses (cerca de R$ 1,3 milhão). “O que você fez é moralmente repreensível, porque o que você afirma ter feito voluntariamente mina até os interesses de seus filhos”, o juiz Kevin Phillips, antes de determinar que o réu permaneça recolhido a uma cela por 30 dias.
A atitude tresloucada do empresário custou caro também ao seu bolso: além da sentença que o manterá na cadeia por um mês, o magistrado também impôs a McConville uma multa diária de US$ 2 mil (cerca de R$ 8,6 mil) por dia a ser paga por McConville diretamente à sua ex-esposa.
McConville, que tem duas empresas em seu nome, já foi candidato a prefeito da cidade de Ottowa, capital do Canadá. Detalhe: ele tentou se eleger com um discurso de combate ao crime.
Audiência
Durante a audiência, o juiz também questionou a versão apresentada por McConville, por desconfiar que o réu pudesse ter inventado a história do dinheiro queimado, para burlar a partilha de bens. O empresário respondeu garantindo ter prova da retirada da quantia, por meio de 25 saques de seis diferentes contas bancárias. Disse, ainda, que atou fogo às notas “em um momento de crise de ansiedade por causa do divórcio”.
Isso não convenceu o magistrado. “Você está me deixando confuso. O que você quer dizer?”, indagou o juiz Kevin Phillips.
“Eu queimei”, insistiu o ex-candidato a prefeito. As cédulas foram queimadas em dois momentos, mais precisamente nos dias 23 de setembro e 15 de dezembro do ano passado.
“O que você fez é moralmente repreensível”, retrucou o juiz. “Como não tem prova e testemunha, sua versão está sendo encarada com muita desconfiança pela Justiça. Eu não acredito em você, eu não confio em você, eu não acho que você tenha sido honesto.”