Quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2019
Um enfermeiro foi preso na quarta-feira (23) no estado americano do Arizona, acusado de ter estuprado uma paciente que está em estado vegetativo e ficou grávida, informou a polícia local.
Em 29 de dezembro, a equipe da clínica Hacienda HealthCare, na cidade de Phoenix, ligou para o serviço de emergência para avisar que uma paciente em estado vegetativo tinha acabado de dar a luz.
Na ligação, divulgada pelas autoridades no início de janeiro, os funcionários afirmam que não sabiam que ela estava grávida —o bebê passa bem.
A mulher de 29 anos não teve o seu nome divulgado, mas se sabe que ela está na clínica desde 1992 no mesmo estado, incapaz de se mexer ou de se comunicar, embora seja capaz de reagir a sons.
Por isso, a polícia imediatamente começou a investigar o caso e chegou ao nome do enfermeiro Nathan Sutherland, 36, que trabalhava no local na época que os detetives estimaram que o estupro teria acontecido.
Na terça, ele foi levado para prestar depoimento e obrigado a fornecer material para um exame de DNA, que mostrou que ele é o pai da criança. Sutherland trabalhava no local desde 2011 e não tinha antecedentes criminais.
Os investigadores se basearam em uma mistura de “bom e velho trabalho policial” com “as maravilhas da tecnologia do DNA”, disse Jeri Willians, chefe da polícia.
Familiares
A família da vítima disse em comunicado que, diferentemente do que vinha sendo divulgado pela imprensa, ela “não está em coma”, mas tem “deficiências intelectuais significativas” decorrentes de convulsões que sofreu no início de sua infância.
“Ela não fala, mas tem alguma capacidade de mover seus membros, cabeça e pescoço”, disse a família por meio de seu advogado. “Ela responde ao som e é capaz de fazer gestos faciais. O importante é que ela é uma filha amada, embora com deficiências intelectuais significativas “.
“Em nome da tribo, eu estou profundamente chocado e horrorizado com o tratamento dado a uma de nossas integrantes”, disse o chefe da tribo, Terry Rambler, quando o caso veio à tona.
“Quando você tem uma pessoa amada sob cuidados paliativos, quando eles estão ainda mais vulneráveis e dependente dos outros, você confia nos cuidadores. Infelizmente, um dos cuidadores não era confiável e se aproveitou dela”, lamentou Rambler.
Ninguém sabia da gravidez
“Nenhum dos funcionários estava ciente de que ela estava grávida até o momento que ela estava dando à luz”, disse uma fonte da família à rede Fox, quando as investigações estavam em andamento.
“Pelo que me disseram, ela estava gemendo. E eles não sabiam o que havia de errado com ela”, disse a fonte. Ela ainda informou que soube pela clínica que o bebê está saudável e que uma enfermeira que estava no local ajudou no parto.
A clínica informou aos familiares que mudou o protocolo de atendimento e disse que, sempre que um funcionário precisar entrar no quarto de uma paciente, será acompanhado de alguma funcionária com ele.