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Celebridades Um estudo mostra que a morte do ator Robin Williams pode ter influenciado o aumento dos casos de suicídio nos Estados Unidos

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Vencedor do Oscar tirou a própria vida em agosto de 2014, aos 63 anos. (Foto: Reprodução)

A morte do ator norte-americano Robin Williams, em agosto de 2014, causou comoção mundial. Com vários sucessos em sua carreira diante das câmeras, especialmente em papéis cômicos, foi um choque descobrir que um artista que provocou tantas risadas no público decidiu tirar a própria vida, aos 63 anos. Quase quatro anos depois, um estudo revelou um triste impacto do incidente em seu país.

Em um artigo publicado na revista científica “Plos One”, foi constatado que o número de suicídios nos Estados Unidos aumentou cerca de 10% nos cinco meses que seguiram a morte do vencedor do Oscar pelo longa-metragem “Gênio Indomável” (1997).

Conduzida por David S. Fink, Julian Tenorio e Katherine Keyes, a pesquisa compilou informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês). A partir da análise de dados sobre os suicídios no país entre 1999 e 2015, os pesquisadores identificaram matematicamente como foi a progressão de casos desse tipo ao longo dos anos.

“As nossas estatísticas indicavam que deveríamos esperar 16.849 suicídios entre agosto e dezembro de 2014, entretanto observamos 18.690 ocorrências no período, o que sugere um acréscimo de 1.841 casos (9,85% de aumento). Apesar do aumento ter sido observado em grupos de diferentes gêneros e idades, homens e pessoas entre 30 e 44 anos estão associados às maiores taxas de suicídios no período”, diz o levantamento.

“Este foi o primeiro estudo a examinar as consequências do suicídio de uma celebridade na era digital”, afirma David Fink, pesquisador com pós-doutorado em epidemiologia e que liderou o estudo na Columbia University, em Nova York.

Pesquisas semelhantes já haviam comprovado que suicídios de celebridades costumam impactar a vida de pessoas comuns de forma tangível. “Quando outras pessoas veem uma pessoa que elas conhecem, podem acabar se identificando com essa experiência. Elas adquirem a habilidade de agir. É aí que a imprensa entra. Quanto mais pessoas ficarem sabendo de detalhes específicos, haverá, em potencial, um número maior de casos de identificação”, avalia Fink.

Os pesquisadores ressalvam, porém, que não é possível cravar com certeza se o aumento da taxa de suicídios nos Estados Unidos entre agosto e dezembro de 2014 pode ser atribuída somente à morte de Robin Williams. Entretanto, o estudo leva à conclusão de que é “improvável” que outros eventos tenham tido mais influência nas taxas de morte auto-infligida no país durante o período analisado.

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O estudo pontua, ainda, que a OMS (Organização Mundial da Saúde) orientou a imprensa reportar casos de suicídios de celebridades muito famosas sem sensacionalismo e sem entrar em detalhes desnecessários sobre os métodos que a vítima usou para tirar a própria vida. Além disso, era recomendado que notícias viessem acompanhadas de mensagens consistentes sobre prevenção e ajuda para pessoas que podem pensar em realizar tal ato. O levantamento diz que “é questionável” se a imprensa americana seguiu essas diretrizes ao noticiar a morte de Williams.

A morte de Williams é comparada à do músico norte-americano Kurt Cobain, líder da banda Nirvana que se suicidou em 1994, no auge de sua popularidade, aos 27 anos. “Houve um impacto mínimo da morte do roqueiro nas taxas de suicídio de sua cidade (Seattle) e evidências disponíveis para a consulta indicam que reportagens restritivas sobre a morte, assim como mensagens consistentes relacionadas à prevenção do suicídio durante a cobertura  pela imprensa, podem ter ocupado um papel importante para impedir casos subsequentes.”

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