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Brasil Um ex-ministro de Lula e Dilma disse ao juiz Sérgio Moro que um ex-executivo da empreiteira Odebrecht prometeu doação formal em sua campanha de 2014 ao governo de São Paulo

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Ministro negou intenção de mudar autonomia do Banco Central e meta de inflação. (Foto: EBC)

Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro nessa sexta-feira, o ex-ministro Alexandre Padilha disse que em 2014, quando concorreu pelo PT ao governo de São Paulo, o ex-executivo da empreiteira Odebrecht Alexandrino Alencar participou de uma reunião de sua campanha e prometeu fazer uma doação formal.

Por meio de nota à imprensa, a assessoria do ex-titular das pastas da Saúde (2011-2014) e das Relações Institucionais (2009-2011) garantiu, entretanto, que o repasse acabou não sendo feito e o pleito estadual foi vencido por Geraldo Alckmin (PSDB): “Não houve doação direta da Odebrecht para campanha ao governo de São Paulo em 2014”.

Alexandre falou como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no caso do sítio em Atibaia (SP). O líder petista é acusado de se beneficiar da reforma do imóvel, com obras no valor de mais de R$ 1 milhão, por meio de empreiteiras como Odebrecht, OAS e do pecuarista José Carlos Bumlai, seu amigo.

“Em 2014, eu era candidato ao governo de São Paulo e a coordenação de campanha organizava reuniões com vários setores”, relatou o ex-ministro, em um depoimento que curou cerca de meia hora. “Alexandrino estava presente em uma dessas reuniões, quando prometeu fazer uma doação formal à minha campanha e a outras também.”

Por meio de seu acordo de delação premiada, Alexandrino contou ter doado R$ 1 milhão à campanha de Padilha naquele ano. O repasse teria sido feito por meio de caixa 2. O caso foi encaminhado aos procuradores da Justiça Federal paulista.

“Em fevereiro de 2017, eu tive a aprovação das contas desta campanha pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo”, acrescentou o ex-titular da Saúde. “Ou seja, as doações recebidas e a prestação de contas foram analisadas e ratificadas pela justiça, o que atestam o rigor no cumprimento das regras da lei.”

Na prestação de contas de Padilha não constam doações da Odebrecht, somente da petroquímica Braskem, uma empresa do grupo, que repassou menos R$ 10 mil ao candidato, conforme consta no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Embate

Durante o depoimento de Alexandre Padilha, o juiz Sergio Moro e o advogado Cristiano Zanin (responsável pela defesa de Lula) discutiram. Ao ser questionado pelo advogado do petista se teve conhecimento de qualquer situação de “promiscuidade” entre Lula e o empresariado, a longa resposta de Padilha despertou a impaciência de Moro.

“Eu vou interromper. Não quero ser rude, mas o senhor pode ser mais breve nessa síntese”, disse o magistrado, segundo testemunhas. Zanin não gostou: “Estou fazendo perguntas sintéticas e vejo muita pertinência nas questões que estão sendo apresentadas pelo ex-ministro Padilha.”

“Eu não vejo dessa forma”, rebateu o juiz federal da Operação Lava-Jato. Zanin então, fez a sua tréplica: “A prova da defesa não pode ser encarada como perda de tempo”. Moro, então, deu a discussão por encerrada: “Você pode ser mais objetivo para poupar o tempo do juiz”.

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