Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2018
Um fundo de investimento com patrimônio de R$ 235 milhões pode ser o elo entre três operações da PF (Polícia Federal), deflagradas em abril. As operações Encilhamento, Rizoma e Gatekeepers apontam suspeitas de fraudes superiores a R$ 1,5 bilhão, possivelmente cometidas por administradores, gestoras, empresas emissoras de dívida e investidores – nesse caso, institutos de previdência. Trata-se do fundo Sculptor, administrado pela Gradual e gerido pela FMD Asset.
Em sua carteira, conforme dados na Comissão de Valores Mobiliários, estão fundos que investem em empresas que podem ser de fachada, títulos de dívida comprados de companhia que já tinha pedido recuperação judicial e créditos de banco em liquidação pelo Banco Central. O Sculptor foi um dos fundos citados no relatório da Polícia sobre a Encilhamento – outro fundo citado, o Monte Carlo, administrado pela Foco DTVM, era um dos cotistas do Sculptor, até fevereiro.
A PF chegou ao Sculptor porque ele investe no fundo Gradual Renda Fixa, veículo que fez investimentos na empresa ITS@ – que pertence a Gabriel Freitas, marido da proprietária da Gradual, Fernanda Lima. Ambos foram presos na operação Encilhamento.
Para a PF, a ITS@ é uma empresa de fachada, o que é negado pelo advogado do casal, que afirma que a empresa tem funcionários e desenvolve softwares. É no Gradual Renda Fixa que investem fundos geridos pela Oak, cujo administrador também foi preso e é suspeito, segundo a PF, de ter vínculo com a Gradual.