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Mundo Um jovem gay de 26 anos afirma ter contribuído para o nascimento de dez bebês de nove mulheres que buscavam um doador

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Kilpatrick conheceu o pequeno Tylan, resultado da sua doação ao casal Gemma Hughes e Charlene Allen. (Crédito: Reprodução)

Enquanto muitos usam as redes sociais para exibir fotos da prole, outros buscam ali o tão sonhado filho. Em grupos públicos ou fechados, especialmente no Facebook, gays oferecem doações ou vendas de esperma. Em um grupo chamado “Sperm Donors” (“Doadores de Esperma”), que conta com quase 3 mil membros de várias partes do mundo, um jovem gay de 26 anos afirma ter contribuído para o nascimento de dez bebês de nove mulheres que buscavam um doador.
Depois de ler sites sobre doação, o inglês Kenzie Kilpatrick criou uma página no Facebook anunciando o serviço de doação de esperma gratuito. “Saber que tenho ajudado pessoas que sofreram durante tanto tempo desesperadamente querendo ter um bebê tem sido a minha maior motivação”, disse.

Segundo ele, centenas de mulheres procuraram por sua ajuda, incluindo algumas de outros países, como Colômbia, México e Polônia. Kilpatrick não cobrou pela ajuda, apenas o valor da viagem e, se necessário, despesas de alojamento. Ele se encontrou com as interessadas em suas casas ou em um quarto de hotel. Entregou as amostras de esperma, que eram inseminadas artificialmente por meio de uma seringa. “Acho incrível saber que vou ter dez bebês lá fora continuando meus genes. Mas não sinto que preciso conhecê-los ou ficar em contato com suas famílias. Só doei o esperma, não estou ligado a eles”, comentou. O jovem assinou um acordo com todas as famílias para que elas não possam lhe pedir apoio financeiro no futuro para criar as crianças.

Recentemente, conheceu Tylan, resultado da sua doação ao casal homossexual Gemma Hughes e Charlene Allen. “Foi fantástico o encontro, mas não era como ‘Meu Deus, é meu filho’. Não tinha apego. Para fazer algo assim, você não pode se envolver”, disse Kilpatrick. Charlene o descreveu como “sensível, atencioso e responsável” e disse que “sempre será parte da família e, quando Tylan crescer, vou lhe dizer que tem duas mães e um homem especial nos ajudou a ter um bebê”.

Kilpatrick ajuda principalmente lésbicas por conta de sua própria história. O seu pai abandonou a família quando tinha 5 anos e foi criado pela mãe. “Ela me ensinou a fazer a barba, a beber cerveja. Ela é a minha rocha. Com os casais de lésbicas, não conseguia pensar em nada melhor do que ter duas mães. Minha mãe tem sido fabulosa. Mulheres apenas fazem um trabalho melhor, elas têm isso em seu sangue.” Após as doações já feitas, Kilpatrick decidiu ser pai de verdade. “Estou desesperado por um filho meu e encontrei um casal de lésbicas que quer ser co-parente comigo”, explicou.

Vendas por rede social.

Em grupos públicos ou fechados, especialmente no Facebook, casais com dificuldades para engravidar, homoafetivos e mulheres solteiras movimentam um mercado de doação e venda de esperma. No mundo virtual, elas dizem seu período fértil, localização e pedem voluntários para a data. Já eles postam ofertas de ajuda e garantias de saúde.

Médicos alertam que, em função do tempo em que os vírus podem ficar “escondidos” no organismo, essa prática expõe a mulher e – no caso de uma gravidez – o bebê a riscos de contaminação por aids, hepatites C e B, entre outras doenças.

Nas trocas de mensagens no Facebook, muitos exigem a apresentação de exames descartando DSTs, atestados de saúde e histórico de doenças da família. Há quem ache melhor do que nada, mas a medida está longe de garantir segurança ao método de “doação a fresco”. Os riscos são reais e podem ser fatais ou levar à infertilidade definitiva por DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).

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https://www.osul.com.br/um-jovem-gay-de-26-anos-afirma-ter-contribuido-para-o-nascimento-de-dez-bebes-de-nove-mulheres-que-buscavam-um-doador/ Um jovem gay de 26 anos afirma ter contribuído para o nascimento de dez bebês de nove mulheres que buscavam um doador 2015-11-03
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