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Brasil Um juiz suspendeu o depoimento do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em processo contra Lula sobre a compra de caças para a Força Aérea Brasileira

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Palocci teve o conteúdo de sua delação divulgada em outubro. (Foto: Reprodução)

O juiz Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, suspendeu audiência em que o ex-ministro Antonio Palocci seria ouvido no caso em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de tráfico de influência na compra de caças da Força Aérea Brasileira. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Palocci foi chamado porque em agosto, após fechar acordo de delação, mencionou a procuradores uma reunião de 2009 em que Lula teria tratado de propina com o então presidente francês, Nicolas Sarkozy, interessado no negócio da FAB.

O juiz Vallisney Oliveira, responsável pelas ações em que Lula é réu em Brasília, decidiu reabrir a fase de instrução do caso para ouvir Palocci. Ao revogar a medida, Guedes mandou que, na próxima vez, o colega consulte antes a defesa de Lula.

Mordomias de Palocci na prisão

De acordo com a coluna “Radar”, da revista “Veja”, o político foi flagrado por um visitante com um charuto e um iPad.

Palocci foi condenado a 12 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na decisão, o juiz Sérgio Moro entendeu que o ex-ministro negociou propinas com a Odebrecht, em troca de benefícios em contratos com a Petrobras.

Em outubro deste ano, em meio às campanhas eleitorais, Moro quebrou o sigilo da delação de Palocci. Os documentos detalham um suposto esquema de indicações para cargos na Petrobras durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma reunião no Palácio do Planalto em que teria ficado acertado o pagamento de R$ 40 milhões em propina para a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010.

Delação divulgada

No depoimento feito por Palocci à Polícia Federal em abril deste ano, há acusações variadas: as campanhas presidenciais do partido em 2010 e 2014 custaram na verdade, ele diz, 1,4 bilhão de reais, um valor bem acima do declarado à Justiça Eleitoral; houve algum tipo de propina em 90% das medidas provisórias editadas pelos governos Lula e Dilma Rousseff; e a exploração do pré-sal foi desenhada “para garantir o futuro político do País e do Partido dos Trabalhadores.”

Ex-homem de confiança de Lula, Palocci diz em um trecho: “O então presidente da República foi expresso ao solicitar do então presidente da Petrobras que encomendasse a construção de 40 sondas” para a exploração da reserva de petróleo na camada profunda oceânica, uma das maiores descobertas da história da Petrobras.

Palocci descreve que Lula sabia das nomeações de diretores da estatal e da partilha que os partidos da base aliada faziam dos cargos na empresa para usá-los como fonte de financiamento, base do esquema investigado pela Operação Lava-Jato.

“(Palocci) diz que não se tratava de divisão de grupos honestos e desonestos, sendo que houve desonestidade em toda a estrutura dentre todas suas lideranças (do PT)”, diz o trecho do documento.

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