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Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2020
O presidente peruano, Martin Vizcarra, lançou uma campanha de plantio de um milhão de árvores para o santuário arqueológico Machu Picchu, com o objetivo de proteger o local das chuvas e deslizamentos que acontecem na região.
Vizcarra disse nesta semana que a meta de um milhão de árvores “é uma obrigação do governo, da região, do município e de todos os cidadãos que querem proteger uma das maravilhas do mundo”.
O complexo arqueológico faz parte de área de proteção com mais de 35 mil hectares no Peru, encravado em uma densa selva, situada na parte oriental dos Andes peruanos e às margens do rio Urubamba.
A cidadela fica a 80 quilômetros a noroeste da cidade de Cuzco, antiga capital do império inca. O local sofre há anos com ameaças de deslizamentos no inverno, por causa das intensas chuvas, e de incêndios no verão.
No último dia 5, a empresa responsável pelo transporte de trem ao santuário suspendeu o serviço por algumas horas devido ao deslizamento de pedras e lama ocasionado pelas chuvas, por exemplo.
Especialistas do Ministério do Meio Ambiente consideram necessário o plantio de árvores no cinturão ecológico, para proteger Machu Picchu e a flora e fauna que a cercam. As raízes das plantas, por exemplo, ajudam a segurar a terra e, assim, a evitar deslizamentos.
Santuário histórico
O Santuário Histórico de Machu Picchu (SHM) é a área natural protegida mais visitada do Peru. Declarado patrimônio natural e cultural da humanidade pela Unesco em 1983, protege complexos arqueológicos, bem como os ecossistemas de grande diversidade de flora e fauna silvestre, algumas delas consideradas em vias de extinção.
O sítio está localizado no distrito de Machu Picchu, na província de Urubamba, na região de Cusco. Sua extensão é de 32.592 hectares, com impressionantes complexos arqueológicos Inca, lugares e monumentos arqueológicos de alto valor histórico-cultural. A principal atração é a joia universal: Machu Picchu, conectado com vários lugares arqueológicos através da rede do Q’apaqÑan (Caminho Inca). Atualmente estão disponíveis seis rotas do Caminho Inca (quatro longas e duas curtas), um dos trekkings mais solicitados da América do Sul.
O SHM é uma área de características geográficas excepcionais, com microclimas que são fontes de uma grande diversidade biológica, entre os Andes e montanhas colimitadas com a selva. Abrange desde os picos nevados acima de 6 mil metros acima do nível do mar até a área mais úmida e quente do rio Urubamba (que divide o santuário em dois, formando o canhão de Torontoy) abaixo de 2 mil metros acima do nível do mar.
O local foi encontrado em 1911 pelo expedicionário americano Hiram Bingham.