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Brasil Um ministro do Supremo mandou encaminhar perguntas da Polícia Federal a Michel Temer. O presidente terá 15 dias para responder

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Temer tem prazo curto para respostas. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou encaminhar ao presidente Michel Temer na terça as perguntas formuladas pela Polícia Federal no inquérito em que Temer é investigado.

Barroso definiu, ainda, que o presidente terá 15 dias para mandar as respostas, por escrito. O ministro do STF também prorrogou por 60 dias as diligências do inquérito.

As investigações começaram em razão da suspeita de que Temer teria beneficiado uma empresa privada ao editar um decreto sobre o setor de portos.

Entenda o caso

A abertura do inquérito foi pedida em junho pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações de executivos do grupo J&F – que controla a JBS.

Em setembro, o relator do caso, Luis Roberto Barroso, autorizou a abertura do inquérito.

Durante as investigações, foi captada uma conversa telefônica entre Temer e o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures na qual os dois discutiram o decreto.

Em outubro, a PGR (Procuradoria-Geral da República) foi autorizada a tomar o depoimento de Temer, mas a Polícia Federal pediu para analisar o caso antes de formular as perguntas, e Barroso autorizou.

Conversa

Rodrigo Rocha Loures, apontado como “homem de confiança” do presidente Michel Temer, conversa com Gustavo Rocha, chefe para assuntos jurídicos da Casa Civil.

Ele insiste em uma mudança no decreto sobre portos que, segundo investigadores da PF, poderia beneficiar a Rodrimar, empresa à qual ele é ligado.

O decreto permitiu que as concessões para exploração de portos assinadas depois de 1993 fossem prorrogadas sem licitação por mais 35 anos, até o limite de 70 anos.

A Polícia Federal afirmou que o diálogo reforça a ligação de Rocha Loures com o presidente Michel Temer. Loures pressionou para que o Planalto incluísse no decreto uma regra que beneficiasse também quem conseguiu as concessões antes de 1993, o caso da Rodrimar, que atua no Porto de Santos.

Na conversa, Gustavo Rocha resiste e diz: “É uma exposição muito grande para o presidente se a gente colocar isso. Já conseguiram coisas demais nesse decreto”.

Loures responde: “O importante é ouvi-los.”

A conversa continua, e Gustavo Rocha reforça: “A minha preocupação é expor o presidente em um ato que é muito sensível”.

Quatro dias antes desse diálogo, Temer tinha sido gravado em uma conversa com Loures falando sobre esse mesmo decreto.

Temer: “Aquela coisa dos 70 anos, lá pra todo mundo, parece que está acertado aquilo lá….”

Rocha Loures: “Não. Isso equacionou, isso equacionou. Aí tinha uma interpretação dos ‘pré-93’ que ainda havia dúvida…”

Temer: “Ah, bom. Essa daí que eu não sei. Eu não sei como é que ficou, viu?”

Rocha Loures: “É… mas eu vou…”

Temer: “Dá uma olhada com o Gustavo, com o pessoal lá.”

Logo depois de falar com o presidente, Loures ligou para Ricardo Mesquista, um dos executivos da Rodrimar, e detalhou a conversa com Temer. Recebeu elogios.

O diálogo:

Ricardo: “É isso aí, você é o pai da criança, entendeu?”

Rodrigo Rocha Loures: “É… a ideia é que, se o governo for tomar uma decisão, nessa ou naquela direção…”

Ricardo: “Tenha que ser valorizado, valorizado, né?”

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