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Brasil Um policial militar é morto a cada 5 dias em São Paulo. Só 5,9% das mortes têm ligação com serviço

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Estado está acompanhando histórias e estatísticas. (Foto: Eduardo Saraiva/A2IMG/Fotos Públicas)

As investigações da Corregedoria mostram que só 5,9% dos assassinatos de policiais têm como motivo algum fato ligado à ocorrência que o agente atendia ou serviço que ele fazia na hora do crime. A maioria dos policiais mortos no Estado foi vítima de atentados (49,5%) ou de roubos (21,4%).

Os dados, que envolvem o período entre 2012 e 2017, revelam ainda que desentendimentos (2,2%) e crimes passionais (1,4%) ocupam pouco espaço nessa estatística – 19,4% permanecem com motivação desconhecida. “Há infratores que, desejosos de entrar para uma facção, decidem matar um policial para serem respeitados no mundo do crime”, diz o major Flávio César Fabri, cujo trabalho é prender matadores de PMs (policiais militares).

Para o coronel Marcelino Fernandes da Silva, comandante da Corregedoria da PM (Polícia Militar), “a morte ou a tentativa de homicídio acontece principalmente em decorrência da profissão”.

A violência que atinge os PMs fez com que 3.131 homens e mulheres fossem afastados do trabalho por terem sido atingidos por tiros ou facadas ou envolvidos em capotamento de viaturas, atropelados por bandidos ou vítimas de outros acidentes no serviço ou na folga, de 2015 até agora.

Reunido pelas juntas médicas da diretoria de Saúde da corporação, esse número, ao lado do total de mortos no período computado pela Corregedoria, ajuda a traçar um retrato inédito da violência que atinge esses profissionais. Durante seis meses, o Estado acompanhou as histórias de policiais que enfrentaram a morte e sobreviveram e do grupo que apura ameaças, agressões e assassinatos de policiais. São casos como o do soldado Gilson Ribeiro, de 36 anos, que foi baleado quando tentava defender-se de ladrões durante a folga. “Nós somos treinados para ser super-heróis, mas na verdade não somos”, disse. Ribeiro faz fisioterapia neurológica, no Centro de Reabilitação da PM. A bala que o acertou o deixou paraplégico. Era 2014. Ele trabalhava no patrulhamento das ruas.

De folga também estavam, de acordo com os números das polícias militares, 85% dos policiais assassinados neste século no Estado. Neste ano, dos 43 PMs assassinados em São Paulo, só 3 foram mortos durante o serviço – 4,3 casos por mês, ante 4 no ano passado e 3,8 em 2015. A violência contra policiais pode ser medida ainda pelas medalhas Cruz de Sangue dadas pela PM.

Elas são de três tipos: ouro, prata e bronze. A de grau ouro é póstuma, a de prata é para casos de invalidez e a de bronze, para policiais feridos em serviço ou folga em defesa da sociedade. Criada em 1998, até hoje foram concedidas 1.145 – 291 de ouro, 63 de prata e 791 de bronze.

Casos esclarecidos

Os 30 homens do grupo da Corregedoria da PM responsável por caçar matadores de policiais detiveram 177 acusados desses crimes de janeiro de 2015 a setembro deste ano – uma detenção a cada cinco dias. Pela estimativa do major Flávio César Fabri, chefe do grupo da Corregedoria, 80% dos crimes contra policiais são esclarecidos.

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https://www.osul.com.br/um-policial-militar-e-morto-cada-5-dias-em-sao-paulo-so-59-das-mortes-tem-ligacao-com-servico/ Um policial militar é morto a cada 5 dias em São Paulo. Só 5,9% das mortes têm ligação com serviço 2017-12-03
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