Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de março de 2019
Um adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13), e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou. Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região.
Os assassinos – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio. A investigação aponta que, depois do ataque, ainda dentro da escola, Guilherme matou Henrique e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um “pacto” segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.
Cinco dos mortos são alunos do ensino médio, com idade entre 15 e 17 anos, de acordo com o secretário de Segurança Pública de SP. Entre as vítimas, há ainda duas funcionárias do colégio, uma delas a coordenadora. O dono de uma locadora de veículos próximo ao local, que era tio de um dos assassinos, foi morto pouco antes do ataque.
Ainda não se sabe a motivação do crime. Foram feitas buscas na casa dos assassinos, e a polícia recolheu pertences dos dois.
Estudantes mortos: Caio Oliveira, 15 anos; Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos; Douglas Murilo Celestino, 16 anos; Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos; e Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos.
Funcionárias mortas: Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica e Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, agente de organização escolar.
Tio de um dos assassino: Jorge Antonio de Moraes, 51 anos, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola – ele é tio de Guilherme, um dos assassinos.
Os assassinos, que morreram, são: Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos.
Os feridos são: Leticia Melo Nunes, Samuel Silva Felix, Beatriz Gonçalves, Anderson Carrilho de Brito, Murilo Gomes Louro Benite, Jennifer Silva Cavalcanti, Leonardo Vinicius Santana, Adna Bezerra e Guilherme Ramos.
Vídeos
Um vídeo feito por câmera de segurança mostra o momento em que os dois criminosos chegam à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na manhã desta quarta.
Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro eram ex-alunos da instituição. Eles estavam em um carro branco alugado, estacionaram em frente ao portão do colégio e entraram pela porta da frente, que estava aberta.
A mesma câmera mostra, minutos depois, muitos alunos fugindo.
“Eles ingressaram na escola, atiraram na coordenadora pedagógica, atiraram numa outra funcionária. Estava na hora do lanche, eles se dirigiram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio”, disse o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM.
“Nesse horário, só havia alunos do ensino médio, e [os assassinos] dirigiram-se ao centro de línguas. Os alunos do centro de línguas se fecharam na sala com a professora e eles [os autores do ataque] se suicidaram no corredor.”
De acordo com o Secretário de Segurança Pública de SP, João Camilo Pires de Campos, os assassinos se mataram logo depois de se deparar com um grupo de policiais que já havia chegado ao interior da escola.
Outro vídeo, feito dentro do colégio, mostra a correria de alunos e funcionários.
Tio do assassino
O coronel Salles afirmou que, antes de entrar na escola, os criminosos passaram por uma loja de automóveis próximo ao colégio. O proprietário do estabelecimento, chamado Jorge Antonio de Moraes, foi baleado por Guilherme, que era seu sobrinho, e morreu. Moraes levou três tiros – um deles no peito.
“Policiais estavam indo para esse primeiro chamado e ouviram gritos das crianças. Foram, então, até a escola, onde os dois criminosos acabaram se matando”, disse a capitão Cibele, da comunicação da PM.
Arsenal
Dentro da escola, a polícia encontrou: um revólver 38; quatro jet luders, que são plásticos para recarregamento de arma; uma besta (um tipo de arco e flecha que dispara na horizontal); um arco e flecha tradicional; garrafas que aparentam ser coquetéis molotov; um dos autores do ataque tinha uma espécie de machado na cintura. Havia ainda uma mala com fios. O esquadrão antibombas foi chamado e não encontrou material explosivo no local.