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Brasil Uma comissão da Câmara dos Deputados desengaveta a proposta de autonomia da Polícia Federal

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Segundo a PF, a quadrilha recrutava mulheres para transportar a droga. (Foto: Divulgação)

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, Felipe Franceschini (PSL-PR), desengavetou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que trata da autonomia da PF (Polícia Federal), reivindicação da categoria que está parada na Casa há dez anos.

A retomada do debate a respeito da PEC gera polêmica na Câmara e divide parlamentares, que, nos bastidores, não querem “fortalecer” a categoria neste momento. A CCJ reacendeu o debate no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro disse, na semana passada, que poderia trocar o diretor-geral do órgão e que quem indicava era ele, não o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, a quem a PF é subordinada.

A declaração do presidente revoltou integrantes da PF, que rejeitam interferência política no órgão, e causou “perplexidade” no entorno do ministro da Justiça. Quando foi convidado para integrar o governo, Moro ouviu do presidente que teria “carta branca” para montar a sua equipe.

O presidente da CCJ, que é filho do ex-deputado Fernando Franceschini, delegado licenciado, negou que a pauta seja retaliação à declaração de Bolsonaro. Ele disse que quer votar o projeto na CCJ na segunda semana de setembro. Depois, “caberá debatermos com os líderes e com o presidente da Câmara”, ressaltou.

“Não tem retaliação. Sempre apoiei o tema e percebi ambiente agora para votar. Podemos transformar a polícia em polícia de Estado. A direção pode ser uma indicação do presidente, mas que fosse indicado como é na PGR [Procuradoria-Geral da República]”, disse o deputado.

Pela tradição na indicação à PGR, uma lista tríplice com candidatos é entregue ao presidente da República. Ele não é obrigado a tomar a sua decisão com base na lista. Em julho deste ano, a Associação Nacional dos Procuradores da República entregou a Bolsonaro a lista tríplice com sugestões de nomes para o comando da PGR. O mandato da atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, termina em setembro.

Franceschini designou na semana passada o deputado João Campos (PRB-GO) como relator da PEC. Ele é favorável ao projeto, segundo o presidente da CCJ. Nos bastidores, no entanto, líderes dos partidos do chamado Centrão se dizem irritados com o gesto de Franceschini. Eles consideram que haverá mais pressão da opinião pública, principalmente nas redes sociais, a favor da PF, em um momento em que os deputados consideram que Moro e a Operação Lava-Jato enfrentam desgaste de imagem.

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