Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de agosto de 2018
Uma ministra da Nova Zelândia deu à luz a seu filho na terça-feira (21) depois de seguir para o hospital de bicicleta, informou seu gabinete na manhã nesta quarta-feira (22). A ministra para as Mulheres, Julie Anne Genter, uma parlamentar ecologista e ciclista fervorosa, optou no domingo por seguir pedalando por um quilômetro de sua casa até o Auckland City Hospital para o parto na 42ª semana de gravidez. As informações são da agência de notícias AFP.
Sua decisão, considerada um gesto coerente com sua forma de vida e propostas políticas, foi destacada pela imprensa e gerou respostas positivas nas redes sociais. Alguns internautas a descreveram como uma mulher “durona”.
Genter afirmou no domingo que seu automóvel era muito pequeno para acomodar a “equipe de apoio” e que o passeio de bicicleta a deixou “no melhor humor possível”. Depois de ter o parto induzido, a ministra deu à luz na terça-feira.
Genter disse que era uma “linda manhã de domingo para dar uma volta de bicicleta” e que ela e seu companheiro, Peter Nunns, pedalaram até o hospital porque não havia “espaço suficiente no carro para a equipe de apoio”. Ela adicionou no Instagram que pedalar a “colocou no melhor humor possível!”.
“Estamos muito felizes de anunciar a chegada de nosso filho às 18h03, que pesa quase 4,3 kg”, publicou a mãe nas redes sociais. “Esperamos muito tempo para o início do trabalho de parto, mas quando aconteceu foi curto e intenso”, completou.
Genter pretende tirar uma licença maternidade de três meses. A primeira-ministra neozelandesa Jacinda Ardern, que retornou ao trabalho no mês passado, após seis semanas do nascimento de sua filha Neve, felicitou a colega de gabinete.
“Muito feliz em saber da chegada de um novo integrante ao grupo de brincadeiras do Parlamento. Espero que aproveite os primeiros dias muito especiais”, escreveu no Twitter.
A carismática Ardern foi a segunda chefe de Governo a dar à luz enquanto ocupa o cargo máximo de um governo, depois da então primeira-ministra do Paquistão, Benazir Bhutto, em 1990.
Uma ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, escreveu no The Guardian em junho que Ardern provou que “não há portas fechadas para as mulheres”. Durante a eleição da Nova Zelândia no ano passado – que levou o Partido dos Trabalhadores, de centro-esquerda e liderado por Arden, ao poder – ao menos cinco deputadas eram pais de crianças de menos de um ano. Isso incentivou ações do parlamento para fazer as leis mais voltadas ao bem-estar familiar.
A regra que proibia crianças na piscina do parlamento foi revogada, uma sessão de natação semanal com pais e filhos foi criada, e estão em andamento planos para construir um playground no gramado da frente.