Quando o assunto é beleza, os brasileiros estão entre os mais interessados. Um levantamento do Google mostra que o Brasil é o segundo colocado no ranking mundial dos países que mais buscam informações sobre beleza no Google e no YouTube. O número só é maior nos Estados Unidos, e a China não foi considerada na análise.
Os cuidados com o cabelo ficaram no topo das buscas, com 48,2% do total. Nos últimos três anos, o segmento teve o maior crescimento médio anual nas pesquisas, cerca de 22%. A maquiagem é a segunda no volume de buscas com 26,4%, seguida por cuidados com a pele, perfumes e unhas.
De acordo com a pesquisa, 70% das pessoas se informam sobre beleza na internet antes de consumir produtos e 20% delas dizem que a web é fundamental para ficar por dentro dos lançamentos. Quatro em cada dez consumidores virtuais usam o YouTube e o Google para descobrir as novidades do mercado.
Outro dado revelado pela pesquisa é que 80% dos brasileiros conectados acreditam que o cuidado pessoal é uma forma de relaxar no dia a dia estressante e quebrar a rotina e 35% dos entrevistados disseram que fazem isso com frequência.
Para a análise, foram considerados dados internos de pesquisas na busca do Google e no YouTube, além de três pesquisas on-line com participação de mais de 2.500 consumidores com idade acima de 18 anos, entre os meses de junho e julho de 2018.
Um dos insights mais interessantes, no entanto, mostra quase metade das mulheres (45%) que procuram sobre o assunto no Google ou YouTube com dificuldades em achar o produto de beleza ideal. Ou seja, apesar da grande quantidade de informação disponível na rede e da ascensão de blogs e canais sobre o assunto, ainda há muito a ser explorado. Demanda existe.
“Neste mar de ofertas, os consumidores precisam de ajuda para entender qual o melhor produto para sua necessidade”, explica Carolina Soares, analista de beleza, casa e cuidados pessoais do Google Brasil.
Crescimento
O mercado brasileiro de produtos de beleza projeta um crescimento nominal de 7,5% no faturamento em 2018 sobre o ano passado, para R$ 118,2 bilhões, impulsionado pela recuperação econômica. As categorias de perfumaria e cremes hidratantes devem continuar a ser destaque nas vendas.
“O mercado de cosméticos ainda não recuperou o desempenho de antes da crise, mas 2017 foi marcado por uma incipiente retomada. Continuamos a ver o cenário macroeconômico doméstico com cautela, enquanto o consumidor mantém um comportamento tímido, o que continua a representar um desafio”, afirmou João Paulo Ferreira, presidente da Natura.
Segundo ele, a queda da Selic (taxa básica de juros), a melhora nas condições de crédito e a redução da inflação estão influenciando positivamente a disponibilidade de renda da população. Por enquanto, porém, a empresa ainda não notou mudança estrutural, apesar de os indicadores mostrarem uma evolução.
