Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2019
A Polícia Civil gaúcha, por médio da Delegacia de Proteção ao Consumidor, capturou uma pessoa de 41 anos que mantinha um laboratório clandestino de manipulação de medicamentos em uma casa no bairro Ana Rech, em Caxias do Sul (Serra Gaúcha). Os agentes chegaram às instalações com um mandado de busca e apreensão, após denúncia do CRF-RS (Conselho Regional de Farmácia).
Na ofensiva, que contou com a participação de membros da entidade e fiscais da Vigilância Sanitária Municipal, os agentes depararam com uma estrutura destinada à produção e venda de remédios sem procedência. Dentre as irregularidades constatadas estavam a manipulação de substâncias em local totalmente inapropriado e fazendo uso de matéria-prima vencida.
Além disso, medicamentos controlados pela Portaria 344/98 foram encontrados abertos e sendo utilizados na manipulação de novos comprimidos, além de outros produtos de origem suspeita. Todos os materiais e equipamentos foram apreendidos pelos fiscais da Vigilância Sanitária.
De acordo com o delegado Joel Wagner, o indivíduo que comandava o laboratório foi autuado por dois crimes: contra a saúde pública (previsto no artigo 273 do Código Penal) e contra as relações de consumo (artigo 7° da Lei n° 8.137/1990). Após os trâmites legais, ele foi encaminhado ao sistema carcerário gaúcho. Seu nome e gênero não foram informados pela Polícia Civil.
Falso policial
Já em Canoas, denúncias de microempresários levaram à prisão de um homem de 27 anos que se passava por policial civil para intimidar populares e extorquir proprietários de estabelecimentos comerciais na Região Metropolitana. Ele vinha sendo monitorado por investigadores, que conseguiram flagrá-lo em ação à noite.
Câmeras de vigilância também ajudarm a fazer a identificação do criminoso. Corroborando a desconfiança de algumas das vítimas, foi constatado que o homem não possui qualquer tipo de vinculação com as Forças Armadas ou forças de segurança pública.
Outro detalhe que constava nas denúncias foi a ostentação de uma arma-de-fogo pelo falso policial, o que causava temor nas comunidades pelas quais ele transitava. Na verdade, tratava-se de mais uma de suas farsas: o objeto que portava era apenas um simulacro. Relatos dão conta de que ele também chegava a fazer revistas pessoais em pedestres nas ruas
Em dezembro do ano passado, ele já havia sido detido ao tentar dar um falso “carteiraço” para evitar uma abordagem da BM (Brigada Militar), ocasião em que foi conduzido a uma Delegacia para registro de ocorrência. Agora, com essa nova prisão, ele deve finalmente ser indiciado por crimes como falsidade ideológica e usurpação de função pública.
A Polícia Civil esclarece que, ao ser abordado, o cidadão tem o direito de pedir a identificação do policial. A comunidade pode denunciar e passar informações por meio do telefone (51) 3462-6720 ou pelo WhatsApp (51) 98608-9984.”
(Marcello Campos)