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Brasil Uma rede de escolas brasileira abrirá unidades em Dubai e Turquia

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Serão duas novas escolas no Brasil e duas no exterior. (Foto: Reprodução)

A rede educacional Lumiar deverá abrir mais quatro escolas até o fim deste ano, sendo duas em Dubai e Istambul, na Turquia, segundo o sócio-fundador Ricardo Semler, que detém 50% da companhia. A outra metade é de Daniel Castanho, fundador do grupo Ânima Educação. A informação é de Maria Cristina Frias, do jornal Folha de S. Paulo.

Todas se baseiam em salas com alunos de várias idades, além de conteúdos divididos em competências. Duas inaugurações serão no Brasil e as outras ficarão em Istambul (Turquia) e Dubai, afirma Semler. São oito unidades hoje, três delas no exterior.

“Temos um investimento previsto de R$ 30 milhões, feito sempre com um parceiro local [onde o colégio funcionará]”, diz ele. O montante inclui aportes na plataforma que centraliza o material dos cursos e o histórico de alunos.

“O plano, porém, é abrir 12 escolas-modelo próprias pelo mundo, uma em São Paulo e o restante fora, para servir como showroom do método. A primeira deverá ser entregue até o fim de 2019.”

Professora ensina brasileiros em Dubai

Como manter crianças brasileiras que vivem anos num país estrangeiro conectadas à cultura de seu lugar de origem? Residente em Dubai, nos Emirados Árabes, a paulistana Magaly Dias, professora de português do ensino médio, se deparou com esse problema quando mudou para lá, em 2007.

Ela acompanhava o marido a trabalho e, além de cuidar da filha que então tinha 5 anos, passou a dar aulas de português para estrangeiros. Depois de um ano vivendo em Dubai, teve a ideia de fazer um aniversário para a filha com o tema de festa junina – só que a pequena já não sabia do que se tratava a festividade.

“Minha filha já estava estudando em uma escola em que a primeira língua é o inglês, absorvendo a cultura local e se distanciando das raízes brasileiras”, lembra Magaly.

Na concepção da professora, a preservação da língua nativa sempre foi muito importante, por isso, pensou que apenas a conversação em português na rotina familiar e a preservação dos costumes brasileiros manteriam sua filha conectada às raízes.

A mãe começou a perceber que, por mais que a filha tivesse pais brasileiros falando português, o ambiente externo representava algo muito maior. “A criança absorvia muito mais da escola, dos amigos, da TV. É muito comum nos afastarmos da nossa língua quando moramos por muito tempo longe do nosso País”, diz Magaly.

O grupo foi aumentando e a professora identificou que as crianças, mesmo sendo filhos de brasileiros, tinham uma proficiência linguística totalmente diferente uma da outra, e algumas delas já estavam perdendo totalmente o idioma.

Ela resolveu preparar um material didático para atender a necessidade de todos. O tempo das atividades era dividido com histórias, contos, apresentações de datas importantes e brincadeiras do universo infantil brasileiro.

Com isso, as crianças compartilhavam entre elas momentos de aprendizado e diversão na mesma língua, fora do convívio dos pais e de suas rotinas familiares.

Assim foi nascendo em Dubai o projeto voluntário “A hora do Conto”. O grupo era composto por crianças de várias idades.

Como vivenciava uma experiência que flutuava entre dois universos — o da cultura local e o da tentativa de preservação da cultura brasileira – Magaly passou a pesquisar alguns trabalhos internacionais para entender melhor como trabalhar e construir uma didática apropriada.

Os estudos abriram novos caminhos para projetos internacionais, congressos e encontros.

Em 2016, o projeto Hora do Conto ganhou o Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural, entregue pelo embaixador do Brasil nos Emirados Árabes.

Há três anos o projeto foi incorporado à LanguageOne, uma organização holandesa com sedes em vários países, inclusive nos Emirados, que preserva a cultura do país de origem da criança através da língua.

A Hora do Conto virou um projeto educativo para fazer parte das atividades da entidade em Dubai, saindo da casa de Magaly. Com o apoio de mais três professoras, e também com a ajuda de sua filha, atualmente o projeto tem aulas semanais bem diversificadas.

As crianças são divididas por faixa etárias em diferentes salas. Elas escrevem em português sobre suas próprias experiências, aprendem gramática, praticam atividades lúdicas e fazem apresentações no auditório da escola ao final do período escolar.

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https://www.osul.com.br/uma-rede-de-escolas-brasileira-abrira-unidades-em-dubai-e-turquia/ Uma rede de escolas brasileira abrirá unidades em Dubai e Turquia 2018-09-04
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