Terça-feira, 23 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2020
Representantes de universidades federais e particulares pediram nessa sexta-feira (4), ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que autorize o uso de ensino remoto até dezembro de 2021. A medida faz parte de uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), que desde outubro aguarda homologação do ministro. Nesta semana, Ribeiro editou uma portaria com conteúdo oposto, pedindo que as instituições voltassem às aulas presenciais a partir de 4 de janeiro.
Na reunião, o ministro ouviu o pedido de todas as entidades e disse que iria avaliar. Na quarta-feira (2), depois de forte repercussão negativa, ele havia dito à CNN Brasil que revogaria a portaria. A medida pegou de surpresa os dirigentes e foi considerada inconstitucional por especialistas, já que as universidades têm autonomia. No entanto, Ribeiro não ainda anulou a portaria.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, todos saíram sem saber o que vai acontecer. Ribeiro já havia dito que homologaria a resolução do CNE, depois voltou atrás e agora mantém o documento parado, sem aprovação nem reprovação. Sem ele, cria-se uma lacuna sobre como devem proceder escolas e universidades particulares e públicas de todo o País em 2021. Para piorar, editou uma nova portaria esta semana.
Segundo fontes, há a possibilidade de o ministro permitir o ensino remoto apenas até julho de 2021, o que seria um meio termo com relação ao sugerido pelo CNE. O presidente Jair Bolsonaro tem defendido a volta do ensino presencial, numa forma de minimizar os efeitos negativos da pandemia de coronavírus, que teve um importante aumento no número de casos e mortes nas últimas semanas.