Quinta-feira, 06 de março de 2025
Por Redação O Sul | 7 de junho de 2024
As comportas da Usina Hidrelétrica (UHE) 14 de Julho foram fechadas de forma temporária, na última quinta-feira (6), com o objetivo de reduzir o nível das águas do Rio das Antas e aumentar a área de busca aos desaparecidos em Bento Gonçalves. Localizada na Serra do Rio Grande do Sul, a barragem se rompeu parcialmente no dia 2 de maio, conforme informou o governador Eduardo Leite (PSDB) por meio das redes sociais na época.
O fechamento das comportas, localizadas entre Cotiporã e Bento Gonçalves, permitiu que os bombeiros avançassem 20 metros para dentro do rio com as máquinas, já que a altura da água foi reduzida. A pedido da Defesa Civil, as portas foram reabertas nessa sexta-feira (7) e a operação no local já acontece normalmente.
O rompimento ainda é investigado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela barragem, que informou que a estrutura já estava submersa e identificou uma movimentação mais turbulenta da água, possivelmente pelo comprometimento da chamada ombreira direita, uma das laterais onde a barragem está apoiada.
Guaíba
Na manhã dessa sexta-feira (7), o rio Guaíba ficou abaixo da cota de alerta pela primeira vez depois de mais de um mês, de acordo com medição da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA), na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. A altura da água, às 9h15, foi registrada em 3,12 metros, três centímetros a menos que o aviso.
No último sábado (1º), o corpo hídrico ficou abaixo da cota de inundação de 3,60 metros depois de 30 dias, fato que não ocorria desde 2 de maio. Segundo as previsões do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o lago deve se manter abaixo da cota de alerta nos dez próximos dias.
O governo do Rio Grande do Sul anunciou, no dia 29 de maio, uma mudança importante no critério de medição do nível do Guaíba, em Porto Alegre. O Cais Mauá deixou de ser o local de mensuração, que agora é realizada na Usina do Gasômetro. Mais que a localização, a principal modificação diz respeito à cota de transbordamento, que passou de 3 metros para 3,60 metros.
A mudança na cota de inundação deveu-se a declividade da linha d’água e ao relevo submarino. A régua de medição, originalmente instalada no Cais Mauá, foi desativada depois que ficou danificada com a enchente de 2 de maio. Desde o dia seguinte uma régua emergencial estava instalada na Usina do Gasômetro. No entanto, a cota de inundação foi mantida em 3 metros, como se ainda estivesse no Cais Mauá.
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