Quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de abril de 2022
O presidente da farmacêutica Pfizer, Albert Bourla – responsável por uma das vacinas contra a covid mais aplicadas no mundo – disse nesta quarta-feira (13) que uma nova versão do imunizante contra todas as variantes descobertas até agora pode ser desenvolvida até setembro. A declaração foi dada em uma coletiva de imprensa realizada pela Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas.
“Espero que até o outono (do Hemisfério Norte) – mas não é uma certeza – possamos ter uma vacina contra tudo o que se sabe no momento”, afirmou Bourla durante entrevista.
No momento, a farmacêutica realiza estudos para descobrir qual é a melhor fórmula. A ideia é que um único imunizante seja destinado para todas as variantes conhecidas, oferecendo uma proteção mais ampla, em vez de produzir apenas uma nova versão destinada para a ômicron.
“É fácil fazer algo apenas contra a ômicron. O que é cientificamente e tecnicamente mais desafiador é ser eficaz contra tudo o que se conhece até agora, para que você não tenha duas vacinas diferentes para variantes diferentes”, disse o presidente da Pfizer, e acrescenta: “Assim que soubermos qual é o melhor caminho a seguir, solicitaremos a aprovação.”
Desenvolvida juntamente à empresa alemã BioNTech, a vacina da Pfizer foi uma das primeiras contra a covid a ganhar a aprovação por uma agência de saúde. O imunizante foi aplicado pela primeira vez no Reino Unido, no final de 2020, menos de um ano após a doença ter sido detectada pela primeira vez na China.
A tecnologia utilizada é a de RNA mensageiro – assim como à da Moderna – e, embora tenha sua eficácia reduzida contra a variante ômicron, continua a oferecer uma alta proteção contra sintomas graves, internações e morte.
No Brasil, a vacina recebeu o registro definitivo pela Anvisa em fevereiro de 2021. No final do ano, a agência deu o aval para aplicação da versão pediátrica do imunizante em crianças de 5 a 11 anos.
Casos e óbitos
O Brasil registrou nesta quarta 158 novas mortes pela covid nas últimas 24 horas, totalizando 661.710 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 133, a mais baixa em três meses, desde 13 de janeiro (quando também estava em 126). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -38%, tendência de queda nos óbitos.
O País também registrou 28.785 novos diagnósticos da doença no último dia, completando 30.209.276 casos conhecidos desde o início da pandemia. Desta forma, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 20.430, variação de -21% em relação a duas semanas atrás.
Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.