Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2016
Um grupo de pesquisadores afirma ter encontrado uma forma de limitar o tempo que os trabalhadores passam navegando no Facebook. Esse não é um problema pequeno. Esse tipo de “vagabundagem cibernética” custa em torno de 85 bilhões de dólares por ano às empresas americanas, segundo um estudo da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos.
Além de afetar a produtividade, ela consome banda larga e pode expor a empresa a vírus de computadores. Pessoas ouvidas em um estudo da Universidade do Estado do Kansas (EUA) admitiram que navegam pela internet em 60% a 80% do tempo que permanecem on-line no trabalho.
Para manter as pessoas trabalhando, os empregadores podem simplesmente bloquear os sites em que os funcionários desperdiçam tempo. Mas muitos sites, como os das redes sociais, podem ter usos legítimos relacionados ao trabalho. E os empregados também poderiam arranjar formas de contornar os bloqueios.
Jeremy Glassman e sua equipe de pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona (EUA) desenvolveram um software para impedir a “vadiagem cibernética”. Seu sistema, quando instalado na rede da empresa, divide a internet em sites que os empregados podem visitar sempre, às vezes ou nunca e utiliza alertas na tela para lembrá-los que estão navegando em sites que não são relacionados ao trabalho. Glassman diz que a “vadiagem cibernética” foi reduzida significativamente em uma empresa agrícola real em que o sistema foi instalado.
O método bloqueia totalmente sites que consomem a banda larga da empresa, como sites de vídeo, ou aqueles que podem causar problemas legais para a empresa, como sites pornográficos. Caso contrário, ele simplesmente dá uma mensagem de alerta para sites que podem ser necessários para trabalhar, mas são frequentemente visitados para uso pessoal, como sites de viagens ou de redes sociais. Ele aprova sites utilizados no trabalho, como publicações sobre comércio, a intranet da empresa e portais de negócios entre empresas.
O sistema permite que os empregados naveguem em sites de lazer por 10 minutos de cada vez. Depois de 90 minutos diários, os empregados têm o acesso desses sites bloqueados e precisam explicar para seus gerentes por que eles precisam de mais do que o tempo permitido nesses sites de lazer.
“Ele forneceu a eles um lembrete sobre os usos aceitáveis dos recursos da internet enquanto trabalham e o que é esperado deles”, diz Glassman. “Quanto maior o grau de interação com o sistema, maior a probabilidade de eles estarem usando os recursos da internet para propósitos relacionados com o trabalho.”
Glassman diz que quando os empregadores desenvolvem políticas para os funcionários utilizarem a internet, é essencial que eles usem equidade na elaboração dessas políticas. “Isso faz com que [os empregados] sintam mais que integram a discussão, não [que é] um decreto sendo imposto”, afirma.