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Saúde Variante delta: sintomas, eficácia de vacinas e o que mais se sabe sobre a mutação do coronavírus

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Sinais da nova cepa são diferentes da delta, até agora responsável pela maioria dos casos recentes de covid-19 no mundo. (Foto: Reprodução)

Predominante no mundo desde meados de junho, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a chamada variante delta do novo coronavírus é hoje a principal preocupação no enfrentamento à pandemia.

Embora tenha sido identificada há quase sete meses, ainda há mais dúvidas do que certezas sobre a nova cepa. Estudos observacionais indicam que é mais transmissível que as demais, mas nada indica maior letalidade.

1) O que é a variante delta?

A variante delta é uma versão do novo coronavírus, o Sars-Cov-2, com mutações que a tornaram mais eficiente para invadir as células humanas, o que acelera o ciclo de replicação e transmissão. Inicialmente denominada B.1617.2, passou a ser chamada pela quarta letra do alfabeto grego por ser a quarta variante de preocupação reconhecida pela OMS e para tornar a discussão mais acessível aos leigos.

Mutações são modificações aleatórias que surgem durante o processo de replicação do invasor original dentro de uma célula infectada. Na maioria das vezes, elas não conferem vantagem alguma ao vírus, ou seja, não vingam. Mas, quando há melhoria para o ciclo de vida do vírus, a nova versão se torna mais prevalente por seleção natural.

2) Onde surgiu e como se espalhou pelo mundo?

A variante delta foi identificada pela primeira vez em outubro de 2020 na Índia, em Maarastra, o segundo Estado mais populoso do país. Devido ao fluxo intenso de viajantes entre a ex-colônia britânica e o Reino Unido, a variante chegou ao país europeu ainda no início do ano, mas só começou uma expansão mais agressiva a partir de abril. Segundo o governo inglês, em junho, dois meses depois, a delta havia desbancado a variante que predominava até então (alfa) e respondia por mais de 90% dos novos casos.

A partir do Reino Unido, a delta se espraiou por Europa, África e Estados Unidos, onde chegou em março. Se em junho, sua prevalência nos EUA era superior a 50%, no final de julho chegava a 83% segundo as autoridades sanitárias. Nos 28 dias até 30 de julho, segundo a OMS, o número de países com casos da nova cepa saltou de 98 para 132. Mesmo com o avanço da vacinação, informou o escritório das Nações Unidas, o número total de infecções aumentou, em média, 80% em cinco regiões (Ásia, Europa, Oriente Médio, América do Norte e Oceania).

3) A variante delta é mais letal que as demais?

Ainda não há resposta para esta questão. Por ser mais infecciosa, é possível que a variante delta faça mais vítimas ao final da pandemia, mas, em um mesmo indivíduo, ainda não está provado que a delta é capaz de causar danos mais graves que as outras três variantes de preocupação ou a versão selvagem do vírus. Estudo publicado pela Agência de Saúde Pública da Escócia na revista científica The Lancet apontou que infecções pela delta ocasionaram duas vezes mais hospitalização de indivíduos não vacinados que pela alfa. Outros levantamentos, porém, não captaram essa diferença.

4) As vacinas protegem contra a variante delta?

Sim. Embora a delta tenha mutado para escapar da imunidade conferida por infecção prévia ou vacina, se avolumam estudos que atestam a eficácia dos imunizantes existentes contra essa variante, desde que a vacinação seja completa, com duas doses.

No caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, a mais utilizada no Brasil devido ao envase na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um estudo publicado no New England Journal of Medicine no fim de julho, apontou eficácia de 67,0% contra casos sintomáticos envolvendo a variante delta. Entre os infectados pela variante alfa, que predominava antes na Inglaterra, a eficácia dessa vacina chega a 74,5%.

Para a vacina produzida por Pfizer/BioNTech, o mesmo estudo captou eficácia de 88% contra sintomas no caso da delta, percentual que chega a 94% no caso de infeções pela variante alfa. No estudo, que acompanhou 20 mil ingleses, os pesquisadores frisam que os resultados dizem sobre públicos vacinados com duas doses. Para contingentes vacinados somente com a primeira dose, a eficácia de ambas as vacinas caem para a casa dos 30% contra casos sintomáticos.

Antes, no caso da AstraZeneca, os resultados estão em linha com os divulgados ainda em maio pela Agência de Saúde Pública do Reino Unido, que acompanhou 14 mil imunizados com duas doses. Para ambos os casos, a eficácia contra internações era superior a 90%, com leve vantagem
para o imunizante da Pfizer. Ainda não há resultados específicos sobre a proteção conferida pela vacina Coronavac, a segunda mais aplicada no Brasil, contra a variante delta.

 

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https://www.osul.com.br/variante-delta-sintomas-eficacia-de-vacinas-e-o-que-o-mais-se-sabe-sobre-a-mutacao-do-coronavirus/ Variante delta: sintomas, eficácia de vacinas e o que mais se sabe sobre a mutação do coronavírus 2021-08-20
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