Sábado, 06 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2018
Como Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), que disputam quem comandará o Poder Executivo a partir de 1º de janeiro, pretendem organizar seus ministérios?
O governo tem atualmente 29 ministérios, dos quais duas secretarias e quatro órgãos com status de ministério. Quando Michel Temer assumiu a Presidência como interino, em maio de 2016 – ele se tornou presidente em agosto, após o impeachment de Dilma Rousseff – havia 32 ministérios.
Em setembro daquele ano, Temer assinou a medida provisória da reforma administrativa, que reduzia a quantidade de pastas.
Tanto Bolsonaro como Haddad propõem mudanças. O candidato do PSL prevê redução no número de ministérios para 15, por meio da fusão ou extinção de pastas. Haddad prevê recriar quatro ministérios e “redesenhar” outras dois.
Sobre o perfil dos ministros, Bolsonaro promete o fim da interferência de partidos políticos na escolha. Haddad prevê ampliar o número de mulheres e negros na equipe.
Veja, abaixo, o que propõem os dois presidenciáveis, pela ordem em que aparecem na última pesquisa Ibope.
Jair Bolsonaro
Número de ministérios – Bolsonaro propõe em seu plano de governo a redução do número de ministérios. Em 5 de outubro, ele declarou que pretende ter, no máximo, 15 pastas. Até o momento, entretanto, não disse como vai chegar a esse número.
Agricultura e meio ambiente – “Ter um superministério para a área [agronegócio], que seria a fusão do Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente. Não haveria mais brigas. Esse ministro, uma pessoa competente, indicada pelo setor produtivo do campo, e aí agronegócio e agricultura familiar, será uma pessoa que facilite a vida de quem produz no campo”, afirmou .
Ministério da Cultura – “Não precisamos acabar com o Ministério da Cultura, mas podemos transformar em uma secretaria. Por que não pode ser um secretaria? Vai ser fundido ao Ministério da Educação, assim como o Ministério das Cidades deixa de existir. O dinheiro vai ser mandado direto para as prefeituras”, disse o candidato.
Ministério das Cidades – Bolsonaro não disse qual deve ser o destino do Ministério das Cidades.
Ministério da Economia – Na área econômica, Bolsonaro prevê fundir as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio em uma nova, batizada de Economia.
Ministério da Indústria e Comércio – Em 24 de outubro, Bolsonaro afirmou que vai manter o Ministério da Indústria e Comércio.
“Critérios técnicos” – O candidato do PSL afirma que, se eleito, vai acabar com a interferência partidária na escolha dos ministros, e usar o que chama de “critérios técnicos” para montar a equipe. “
Perfil dos ministros – Bolsonaro indicou que não pretende escolher os ministros de acordo com o gênero ou a raça. “Pretendo ter 15 ministros. Um vai ser homem, o da Defesa, um oficial-general. O resto pode ser tudo mulher, tudo gay, tudo afrodescendente”, afirmou.
Nomes confirmados – Bolsonaro adiantou durante a campanha alguns nomes que de futuros ministros caso seja eleito. São eles: Paulo Guedes, para Economia; Marcos Pontes, para Ciência e Tecnologia; Onyx Lorenzoni, deputado pelo PP-RS para Casa Civil; Augusto Heleno, general da reserva, para a Defesa.
Fernando Haddad
Número de ministérios – Durante a campanha, Haddad argumentou que “na maioria dos casos”, a criação de ministérios não gera mais despesas.
Novos ministérios – Haddad propõe a criação de quatro ministérios: Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres (extintos pelo governo de Michel Temer), Promoção da Igualdade Racial; Ciência, Tecnologia e Inovação; e um que unifique Desenvolvimento Agrário e Pesca.
“Redesenho” de ministérios – No plano de governo, o candidato também fala em “redesenho dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente”, sem detalhar o que isso significaria.
Ministério da Fazenda – O candidato do PT afirmou que o ministro da Fazenda será um economista ou empresário, mas não banqueiro.
Ministério de Ciência e Tecnologia – Haddad diz que a recriação é necessária para “garantir a prioridade estratégica da área no novo projeto nacional de desenvolvimento, e articular iniciativas nacionais estruturantes a partir do núcleo central do governo federal”.
Ministério da Defesa – O plano de governo do candidato prevê que o Ministério da Defesa “voltará a ser ocupado por um civil”.
Perfil dos ministros – “O governo vai trabalhar para aumentar significativamente a presença das mulheres e de negras/os nas instâncias de decisão do Poder Executivo, sobretudo na composição dos ministérios, do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e Ministério Público”, diz o plano de governo.
Nomes confirmados – O candidato do PT não adiantou nenhum nome até o momento.