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Brasil Veja o que se sabe até agora sobre o massacre em São Paulo

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Fachada da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP). (Foto: Divulgação/Google Mapas)

No massacre de Suzano, na Grande São Paulo, cinco alunos da Raul Brasil e duas funcionárias foram mortos. O crime aconteceu no final da manhã de quarta-feira (13) na Escola Estadual Raul Brasil. Antes de a dupla entrar na escola, um dos adolescentes ainda matou seu tio em lava-jato em Suzano. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, mataram ao todo oito pessoas.

Morreram os alunos Caio Oliveira, 15; Cleiton Ribeiro, 17; Douglas Murilo Celestino, 16; Kaio Lucas da Costa Limeira, 15; e Samuel Mequíades, 16. Também perderam a vida, a funcionária Eliana Regina de OIiveira Xavier, 38, e a coordenadora pedagógica Marilena Umezu, 59.

O empresário Jorge Antonio de Moraes, tio de Guilherme, foi o primeiro alvo. Segundo policiais, ele teria sido morto pelo sobrinho por ter descoberto o plano da dupla. Câmeras de segurança da escola e da vizinhança e vídeos feitos por celulares de alunos e funcionários da escola gravaram o crime e o desespero das vítimas para fugir massacre.

Outras imagens também mostram os assassinos antes do crime. Eles haviam alugado um carro para cometer a chacina. Primeiro foram à loja de Jorge, onde o sobrinho atirou nele e depois entrou no veículo, dirigido por Luiz. Os dois então foram para a escola. Pararam na frente do portão principal e entraram.

Guilherme chega e já começa a atirar nos colegas. Depois aparece Luiz com um arco, flechas e uma mochila, onde carregava seis bombas caseiras. Com um machado, ele começa a golpear as vítimas caídas. Segundo a polícia, era para ter certeza de que elas seriam mortas. As imagens mostram alunos e funcionários correndo. Alguns são golpeados por machado por Luiz. Um deles sai com a arma presa ao ombro.

A investigação aponta que, depois do ataque, um deles matou o outro e, em seguida, se suicidou. Os assassinos planejaram o crime por um mais de um ano, apontam as investigações preliminares da Polícia Civil.

Terceiro suspeito

A Polícia Civil identificou um terceiro suspeito envolvido nas mortes. A informação foi divulgada durante entrevista coletiva concedida, na tarde desta quinta-feira (14), na sede da Delegacia Geral de Polícia, no centro da capital paulista.

“Os dois autores mortos durante o ataque participaram efetivamente da execução. Esse terceiro suspeito identificado não estava naquela localidade. Ele participou, em tese, de todo o planejamento”, explicou o delegado geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes. “Eles projetaram o ocorrido pelo menos desde novembro”, completou.

De acordo com o delegado Alexandre Henrique Augusto Dias, responsável pelo inquérito policial, o terceiro suspeito era colega de classe de um dos autores, o atirador. Segundo apurado, o jovem teria auxiliado, inclusive, na compra de equipamentos utilizados durante o crime, adquiridos por meio do comércio virtual.

“Eles se inspiraram no ataque Columbine (EUA), ocorrido no ano de 1999. Os envolvidos tinham conhecimento absoluto da unidade de ensino”, afirmou o delegado Alexandre. Os materiais e o veículo utilizados foram apreendidos e encaminhados para análise. A perícia técnica comprovará a dinâmica dos fatos.

A apreensão do adolescente foi requisitada à Justiça para posterior apresentação à Vara da Infância e Juventude. As investigações prosseguem por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia do Município de Suzano e conta com apoio de equipes da Unidade de Inteligência Policial (UIP) da Seccional de Mogi das Cruzes.

Equipes policiais realizaram diligências nas residências dos autores e em uma lan house, onde os jovens costumavam se encontrar, e apreenderam diversos objetos entre computadores, tablets e anotações, que auxiliarão nas buscas pela motivação do crime. Até esta quinta-feira, 16 testemunhas haviam sido ouvidas, podendo ser chamadas novamente para prestarem depoimento ao longo das investigações.

As armas utilizadas pelos autores foram apreendidas e encaminhadas para a realização da perícia. De acordo com a Secretaria da Saúde, cinco vítimas continuavam internadas. A Polícia Militar reforçou o policiamento no entorno das escolas do município, que já conta com a Ronda Escolar.

O Ministério Público de São Paulo investiga em que circunstâncias ocorreram as dez mortes por intermédio do trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O Gaeco apura a possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios.

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