Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2016
A jornalista britânica especializada em saúde Caroline Jones reuniu, no livro “A Melhor Dieta para Você”, já lançado no Brasil, os regimes mais comentados dos últimos 50 anos. Nesta reportagem, confira a análise da escritora sobre os possíveis benefícios e malefícios de quatro famosas dietas.
Dieta do Doutor Atkins.
Ela estimula o emagrecimento rápido, cortando carboidratos. Quem a segue não costuma sentir fome e existem mais de 50 trabalhos científicos que destacam outros benefícios, como a redução do risco de diabetes. Porém, importantes grupos alimentares, como grãos, frutas e laticínios, ficam restritos e a dieta coloca o organismo em estado de cetose – queima de gordura em níveis altos –, podendo gerar mau hálito, dor de cabeça e prisão de ventre. Também é uma dieta cara.
Para quem é indicada – Pessoas com mais facilidade de armazenar gordura na cintura e que costumam ter níveis altos de açúcar no sangue. É, em geral, uma dieta boa para aqueles que têm uma semana bem estruturada e não se deixam afetar por ataques de fome, além de disporem de tempo para preparar as próprias refeições e manter um registro de tudo o que comem.
Dieta Detox.
Através dela, a desintoxicação não demora muito para acontecer e os resultados são rápidos. É comum ter menos vontade de ingerir açúcar e tomar café, além de se sentir satisfeito com porções menores. Como tem muita limitação de proteína, essa dieta tende a causar fadiga e pode levar à baixa imunidade. Comprar os sucos indicados pode sair caro, e grande parte do peso eliminado será sob forma de líquido, o que pode ser rapidamente recuperado quando a dieta terminar.
Para quem é indicada – Pessoas que exageram em datas festivas ou durante períodos de estresse no trabalho, mas conseguem se concentrar na saúde nos intervalos entre compromissos. A pessoa precisa ser determinada para não se entediar com facilidade. Para quem sofre de inchaço, as fibras ingeridas nessa dieta podem ajudar a melhorar o sistema digestivo.
Dieta Paleolítica.
Nela pode-se comer frutas, legumes e verduras à vontade, e a dieta é muito pobre em sal, o que é ótimo para o coração. Além disso, é rica em ferro, nutriente essencial para gerar energia. Geralmente mantém a pessoa saciada. No entanto, a verdadeira dieta paleolítica é quase impossível de ser seguida: é difícil encontrar carne de caça, e as verduras são cultivadas, não brotam do solo naturalmente. E eliminar todos os alimentos pós-paleolíticos significa passar longe de leite, queijo, pão, massas, batata.
Para quem é indicada – Quem é extremamente carnívoro, queima muita energia ao cumprir suas tarefas e não se esquiva de trabalho pesado pode se adaptar. Isso porque a pessoa precisa ter uma carga diária de exercícios para ser combinada com a dieta para propiciar a perda de peso. Aqueles que têm ombros largos e cintura indefinida tendem a ser beneficiados pelo regime.
Dieta Mediterrânea.
Permite que não seja necessário eliminar nenhum grupo importante de alimentos. É um programa saudável para ser adotado por toda a vida, não só por quem quer emagrecer. E ainda é possível tomar uma taça de vinho no jantar. Mas o sal presente em alimentos como azeitonas, queijos curados, presuntos, anchovas e alcaparras pode ser excessivo. E é preciso cuidado com as porções, principalmente as que levam alimentos com alto teor calórico, como castanhas e azeite de oliva.
Para quem é indicada – É uma dieta simples, com grande variedade de ingredientes, portanto cai bem para pessoas atarefadas e com vida social intensa. Atrai quem não gosta de se sentir privado de algo, e é recomendada para quem tem ombros e quadris largos, com tendência a engordar na área do tronco, o que pode acarretar maior risco de doenças cardiovasculares. (AG)
