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Brasil Vejas as consequências da greve dos caminhoneiros na economia brasileira

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Produção de veículos caiu 20,2% em maio, segunda Anfavea. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A greve dos caminhoneiros durou dez dias e parou o País. O impacto na economia brasileira, no entanto, será muito mais amplo e duradouro: os indicadores do mês de maio já divulgados mostram a influência da paralisação.

Confira a seguir os números que mostram os efeitos que já apareceram:

1,11% de inflação

Foi a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15 no mês de junho – a coleta de preços ocorreu entre os dias 16 de maio e 13 de junho, ou seja, incluiu todo o período da paralisação. A alta de preços do período foi puxada pelo custo de alimentos e da energia elétrica. A greve dificultou a chegada de produtos a mercados, o que pressionou o preço para cima, especialmente de hortifrutigranjeiros. Os alimentos subiram 1,57% em junho, após deflação de 0,05% em maio. O impacto foi de 0,38 ponto percentual, quase metade da taxa de 1,11% do mês de junho.

A influência na inflação foi citada na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reconheceu diminuiu consideravelmente a possibilidade de a inflação ficar muito abaixo da meta de 4,5% neste ano.

R$ 14 bilhões de folga

É a folga do governo para cumprir a regra do teto de gastos em 2019, segundo cálculo do secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. Se pesou no bolso, pode ser uma ajuda para os gastos do governo. O Orçamento é feito com base na inflação acumulada em 12 meses, até junho. Como a inflação terá um repique em torno de 1%, por causa da greve, será aberto um espaço fiscal para o próximo governo entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões.

20,2% de queda

Foi a redução na produção de veículos no mês de maio, frente a abril, para 212,3 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. A greve também se traduziu em vendas menores: a perda foi de 7,1%, para para 201,9 mil unidades no mês. Os dados da Anfavea, associação que representa as montadoras, mostram que a indústria automobilística deixou de produzir entre 70 e 80 mil veículos, vender cerca de 25 mil e exportar algo próximo a 15 mil unidades.

19,2 bilhões de dólares em vendas externas

Foi o valor das exportações de maio deste ano, abaixo dos US$ 19,7 bilhões de maio de 2017. É a primeira queda anual desde dezembro de 2016. Como tiveram dificuldade de chegar aos portos, muitos produtos deixaram de ser exportados durante o período da greve. Também houve uma redução de 74% no superávit em transações correntes – que inclui as trocas de serviços e comércio do Brasil com o exterior. O montante ficou em US$ 729 milhões em maio deste ano, ante US$ 2,8 bilhões em maio de 2017.

8,5% de retração

Foi o recuo na produção de aço no Brasil no mês de maio. De acordo com o Instituto Aço Brasil, entidade que representa o setor, foram produzidas 2,7 milhões de aço em maio, 8,5% a menos que em maio de 2017. A paralisação levou à impossibilidade de escoamento da produção e a falta de matéria-prima para a produção. Isso resultou no abafamento (suspender a produção por um período de tempo) de 16 altos-fornos, paralisação de 10 aciarias e de 15 laminações. O impacto no aço também deve se refletir na indústria como um todo no mês de maio, segundo André Macedo, coordenador de Indústria do IBGE, embora ainda não se saiba a magnitude desse impacto.

tags: economia

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https://www.osul.com.br/vejas-as-consequencias-da-greve-dos-caminhoneiros-na-economia-brasileira/ Vejas as consequências da greve dos caminhoneiros na economia brasileira 2018-06-26
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