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Brasil Vem aí a reforma ministerial

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Reunião ministerial ocorrida no mês de maio..(Foto: Marcos Corrêa/PR)

Na tentativa de aglutinar apoio no Congresso e pavimentar o caminho para a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro deverá mudar a cara da Esplanada. O presidente não conseguirá fugir de ao menos uma pequena reforma ministerial, já que é desejo do chefe do Executivo emplacar nomes no comando das duas Casas legislativas a partir de fevereiro de 2021. A medida tornou-se essencial para que o governo leve à frente sua agenda nos últimos anos de mandato.

Apesar de Bolsonaro já ter se adiantado afirmando que não abrirá mão de Ernesto Araújo no Itamaraty e de Ricardo Salles no Meio Ambiente, as pastas também estão na mira. A saída deles é vista como um sinal de diálogo com a comunidade internacional, nas áreas de política externa e ambiental.

No primeiro escalão íntimo do governo, ainda se ventila nos bastidores a transferência do ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, para o posto da Secretaria-Geral da Presidência, com a ida de Jorge Oliveira para o Tribunal de Contas da União em janeiro. Os ministérios de Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Fernando Azevedo (Defesa), general Augusto Heleno (Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) devem ficar de fora da barganha.

Leva e traz

O pontapé na mudança dos ministérios foi dado no último dia 9, com a saída de Marcelo Álvaro Antônio do Turismo. Um desentendimento com Luiz Eduardo Ramos adiantou sua partida. Apesar de Gilson Machado, ex-presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), ter sido nomeado para comandá-la, a pasta também pode entrar na dança das cadeiras no começo do próximo ano.

No Congresso, o tema da reforma ministerial é levado em conta, mas com certas ponderações. Deputados e senadores favoráveis ao presidente da República destacam os bons resultados de Bolsonaro nas recentes pesquisas de opinião. Para eles, isso mostra que o chefe do Executivo ainda tem bala na agulha para monopolizar a batuta do governo. Com capacidade política de manobra, a expectativa é que o time não mude, ou que não mude o suficiente para que as alterações assumam as dimensões esperadas. O principal problema é a incerteza econômica provocada pela pandemia do coronavírus, que pode alterar o cenário.

Ainda é difícil, para muitos, mensurar o tamanho da turbulência que o país enfrentará logo nos primeiros meses de 2021. Por isso, alguns avaliam que seria necessário esperar mais tempo para fazer previsões certeiras e entender a profundidade de possíveis mudanças. Apesar disso, existe consenso de que nomes como o do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), possam trazer melhor mobilidade para Bolsonaro nas duas Casas legislativas, mesmo que o presidente da Repúblicar não leve a melhor nas eleições das respectivas mesas diretoras, por exemplo. E as eleições no Parlamento são, justamente, o segundo fator de incerteza quando o assunto é a reforma ministerial.

Outra variável apontada, desta vez para a necessidade de uma reforma, é a presença do Centrão no governo. Bolsonaro não se envolveu o suficiente com as eleições municipais e saiu enfraquecido do pleito. Consequentemente, ficou mais dependente dos partidos do time de Arthur Lira (PP-AL), tanto para se manter no poder e conservar o relacionamento com o Congresso, quanto para abrir caminho para a reeleição em 2022, no momento uma das prioridades do mandatário do país.

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), está entre os que destacam que “não existe a obrigatoriedade de uma reforma ministerial”. Para ele, a população avalia de forma positiva a presidência de Bolsonaro, “apesar do momento difícil que o Brasil está vivendo”. “Diferentemente do que muitos imaginam, apesar do momento, Jair Bolsonaro mantém índices favoráveis de aprovação. Então, é o presidente, cabe a ele fazer essa análise”, argumenta o parlamentar. Para o tocantinense, o desempenho da economia é que dará o peso para as mudanças.

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