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VENCIDOS PELA LENTIDÃO

O sonho do trem bala

Se promessa valesse, o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro estaria na reta final. Anunciado em 2007 para a Olimpíada de 2016, o empreendimento se tornaria o maior em infraestrutura do País. O projeto foi concebido, tomando como modelo o Japão com a linha de Tóquio a Osaka; os Estados Unidos e o corredor do Nordeste entre Boston, Nova Iorque e Washington; e a França que tem a ligação Paris-Lyon. São países que utilizam trens que atingem de alta velocidade. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia ter repetido Walt Disney: “Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor.” No Brasil, foi impossível por falta de dinheiro.

O Rio Grande do Sul tem exemplos de obras federais que não andam pela carência de recursos, a começar pela duplicação da rodovia entre Guaíba e Pelotas. O metrô de Porto Alegre apita a cada campanha eleitoral e depois desaparece. A rede ferroviária no País está sucateada, as vias hidroviárias e os aeroportos esperam investimentos. A fila é grande e o financiamento quase inexistente.

A demora do governo em concluir no prazo obras de infraestrutura, incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento, causou prejuízo de 28 bilhões de reais à sociedade, apenas num grupo de seis projetos analisados pela Confederação Nacional da Indústria em 2014. O valor é próximo do que foi estimado para gastar na realização da Copa do Mundo.

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