Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
Um terrorista que quiser comprar armas antiaéreas para fazer guerra só precisa acessar o Facebook. É o alerta que faz a consultora Armament Research Services, denunciando o comércio de armas pesadas por meio de um “bazar” que vende pistolas, fuzis, metralhadoras, granadas e até mísseis teleguiados. Evidências mostram um comércio em larga escala que alimenta conflitos principalmente na Líbia, mas também no Iraque, na Síria e no Iêmen, locais onde milícias, o Estado Islâmico e outros grupos terroristas têm forte presença. Muitas das armas partem do material distribuído pelos EUA a seus aliados no Oriente Médio.
Segundo o estudo, há cerca de 250 a 300 posts de venda de armas por mês. Muitas estão em grupos de discussão fechados. Entre as armas comercializadas por meio da rede social e de outros espaços on-line, adverte o relatório, estão fuzis Kalashnikov de fabricação soviética, metralhadoras de calibre pesado, armamento para ser acoplado em caminhonetes e material mais sofisticado, como armas antitanques, antimísseis e foguetes modernos com mira sensível a calor.
O grupo registrou 97 tentativas de transferência ilegal de mísseis e artilharia pesada desde setembro de 2014 em grupos líbios no Facebook. Um sistema de defesa antiaéreo SA-7 pertencia ao Estado líbio, mas foi roubado por saqueadores em 2011, após a deposição do ditador Muamar Kadafi. (C. J. Chivers/The New York Times/AG)