Quinta-feira, 17 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2015
A venda de coletes salva-vidas disparou em Bagdá, devido à crescente demanda de iraquianos determinados a migrar para a Europa, mesmo tendo de enfrentar perigosas travessias marinhas. “A demanda de salva-vidas disparou”, confirma Jawad Tawfik, proprietário de uma loja de artigos esportivos. “Quero migrar para qualquer lugar do mundo que seja melhor que este país. Grécia, Alemanha, qualquer país, aqui não há vida, nem segurança, nem emprego”, explica um dos clientes da loja.
Para viajar para a Europa, o colete salva-vidas é essencial, já que nem sempre as embarcações precárias que levam os refugiados possuem o artigo. Milhares deles morreram afogados justamente por não saber nadar. Além disso, o preço é mais barato no Iraque do que na Turquia, de onde começa perigosa travessia para a Grécia, país integrante da União Europeia e porta de entrada para a Europa ocidental.
Sobrevivência
Os vendedores alertam que os coletes vendidos, no entanto, são concebidos para serem utilizados em piscinas e rios e não para alto-mar, porém, a advertência não serve de nada. Para aumentar a possibilidade de sobreviver, muitos candidatos à imigração também estão fazendo curso de natação.
De janeiro a agosto deste ano, mais de nove mil iraquianos conseguiram chegar à Grécia após deixarem seu país de origem. Eles são integrantes do quinto maior grupo por nacionalidade, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.
(France Presse)