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Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2017
O comércio varejista brasileiro teve queda de 0,5% em agosto na comparação com julho, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11). A baixa no volume de vendas ocorreu após quatro meses de crescimento, período em que houve um ganho acumulado de 2,1%, segundo o IBGE.
Em relação a agosto de 2016, o volume de vendas avançou 3,6%. Segundo Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, esse é o melhor resultado para agosto desde 2013, quando chegou a 4,2%. O acumulado no ano é de 0,7%. Já em 12 meses, há queda de 1,6%. Porém, segundo o IBGE, é o recuo menos intenso para 12 meses desde agosto de 2015 (-1,5%).
Por atividades
Na comparação com julho, sete das oito atividades pesquisadas tiveram resultados negativos. As taxas negativas foram registradas em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,7%); tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (-3,1%); combustíveis e lubrificantes (-2,9%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).
Por outro lado, teve resultado positivo o setor de móveis e eletrodomésticos que, com avanço de 1,7%, permaneceu em crescimento pelo quarto mês seguido. Na comparação com agosto de 2016, houve avanço em seis das oito atividades. As principais influências vieram de móveis e eletrodomésticos (16,5%) – quarta taxa positiva consecutiva nessa comparação –, seguido por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%) – quinto avanço consecutivo, confirmando a trajetória ascendente do segmento, segundo o IBGE.
Tiveram taxas positivas ainda tecidos, vestuário e calçados (9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,1%), ambos ocupando a terceira maior participação na taxa global. As demais taxas positivas foram registradas nos setores de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,4%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1%). Por outro lado, combustíveis e lubrificantes (-2,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-4,4%) reduziram o volume de vendas comparado a agosto de 2016, pressionando negativamente o resultado.
Por regiões
Em relação a julho, houve queda em 17 das 27 unidades da Federação no volume de vendas, com destaque para Amazonas (-3,2%) e São Paulo (-1,7%). Por outro lado, Tocantins (5,5%), Rondônia (3,9%) e Roraima (2,6%) mostraram avanço nas vendas.
Na comparação com agosto de 2016, houve crescimento em 21 unidades da Federação, com destaques para Santa Catarina (16,4%), Acre (12,9%) e Rondônia (12,8%).
Varejo ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, ficou praticamente estável em termos de volume (0,1%) frente a julho, com alta nas vendas pelo terceiro mês consecutivo, enquanto a receita nominal teve variação de 0,4%.
Em relação a agosto de 2016, o varejo ampliado cresceu 7,6% no volume de vendas (melhor resultado para agosto desde 2012, quando tinha sido de 15,6%) e 5,1% em receita nominal. O volume de vendas no acumulado do ano cresceu 1,9% no ano e caiu 1,6% nos últimos 12 meses, enquanto a receita nominal registrou taxas de 2,3% e 1,2%, respectivamente.
Em relação às regiões, 24 unidades da Federação apresentaram variações positivas para o volume de vendas na comparação com agosto de 2016, com destaque para Santa Catarina (18,9%), Rio Grande do Sul (17,0%), Amazonas e Espírito Santo (ambos com 15,8%).