Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de abril de 2017
A Venezuela já foi símbolo de riqueza e orgulho no continente mas se encontra em um processo de desestruturação, conflitos políticos e estagnação econômica, além de um drama humanitário com reflexos em toda a região.
Impopular e totalitário, o regime bolivariano herdado de Hugo Chávez não realiza as eleições demandadas, reprime manifestações, caça direitos da oposição e mantém na cadeia presos políticos que não cometeram crime.
Nicolás Maduro fere a Constituição quando ignora a oposição na Assembleia com um Judiciário aparelhado, que dá forças ao regime. A cassação dos direitos políticos de Henrique Capriles, um dos líderes da oposição, foi o último dos atos ditatoriais.
Vai contra a independência dos poderes e exerce pressão e vigilância sobre a imprensa, transgressões de direitos humanos e da liberdade civil que geram críticas de governos e organismos multilaterais. Mercosul e a OEA preparam medidas de afastamento da Venezuela por violação de seus estatutos no que se refere à cláusula democrática.
Quem pode, busca a saída no aeroporto, os outros atravessam as fronteiras de forma precária para os países vizinhos, sobretudo Brasil e Colômbia. Levantamento da Universidade Central da Venezuela demonstra que, nos últimos 15 anos, dois milhões de venezuelanos deixaram o país, a maioria jovens desiludidos diante da falta de perspectivas, configurando um verdadeiro êxodo de refugiados. Quem fica enfrenta milícias bolivarianas e forças policiais, em confrontos que crescem em intensidade e violência. (AG)