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Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2021
Um veterano de Segunda Guerra Mundial, de 97 anos, recebeu seu diploma do ensino médio nos Estados Unidos após quase oito décadas de espera. Ernie Reda foi homenageado na última segunda-feira (27) pela escola secundária Stadium, em Tacoma, no Estado de Washington (EUA).
Reda foi enviado a um campo de treinamento em 1943, ano que deveria ser o de sua formatura. Depois, ele participou da Batalha de Bulge e da Invasão da Normandia, cujos desembarques de tropas resultaram no chamado Dia D da Segunda Guerra Mundial.
Sem obter seu diploma, a neta do militar, Heather Anderson, começou a pensar em uma forma de promover esse reconhecimento ao avô, segundo a CNN. No início deste mês, ele entrou em contato com a diretora da escola, Shannon Marshall, e indagou sobre a possibilidade.
A ideia era que a instituição participasse da “Operação Reconhecimento”, programa capitaneado pela “Veterans Affairs” com intuito de homenagear aqueles que foram convocados e não puderam terminar o ensino médio.
A instituição não apenas aceitou como organizou uma cerimônia nesta segunda-feira em seu auditório para entregar o diploma a Reda. Quatro de seus cinco filhos estiveram presentes ao lado de outros parentes.
Com discursos semelhantes às de formaturas de graduação, Reda ganhou também dois exemplares restantes do anuário da escola de 1943. “78 anos depois eu consegui”, vibrou Reda.
Diploma honorário
Reda foi o primeiro contemplado da escola por meio do programa. O caso, no entanto, não é inédito. Em 2017, o veterano Charles Leuzzi, também aos 97 anos, conquistou um diploma honorário. Na ocasião, o militar disse que inclusive tinha o sonho de ingressar em uma faculdade.
Uma comemoração muito especial foi feita na ocasião na casa do veterano. Charles Leuzzi deixou a escola no último ano do ensino médio para lutar pelos Estados Unidos e, naquele ano de 2017, o distrito escolar de Filadélfia deu a ele um diploma honorário.
Receber o diploma era um sonho de Leuzzi, que afirmou que esperou muito tempo, mas conseguiu concluir a escola. Após diversas condecorações, gerações de filhos e netos, finalmente chegava o documento que o veterano tanto esperava.
Ao ser questionado sobre a possibilidade frequentar a faculdade, o veterano disse que também gostaria. “Eu não tenho mais nada para fazer”, brincou Leuzzi na ocasião. As informações são da revista Época, do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.